Crime e Castigo

“Cadê o vídeo?”, questionam assassinos durante execução gravada em Aparecida de Goiânia

Klayton Silva Souza, de 21 anos, foi morto a tiros na tarde do último domingo…

Klayton Silva Souza, de 21 anos, foi morto a tiros na tarde do último domingo (26), no Jardim Nova Olinda, em Aparecida de Goiânia. Criminosos gravaram a execução (veja vídeo no final da reportagem), e questionam sobre um possível vídeo, durante o assassinato do rapaz. Familiares contaram à Polícia Civil que a vítima tinha passagens por tráfico, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, e ainda era ameaçada por criminosos do setor.

Segundo o delegado Eduardo Sousa Rodovalho, que apura o crime, os indícios são fortes para que seja um crime motivado por tráfico de drogas. “Até mesmo pelo motivo para se filmar. Ou os assassinos gravaram a ação para prestar contas com quem mandou matar, ou para mostrar força para facções rivais, mas como a família nos adiantou que a vítima estava sendo ameaçada por traficantes do bairro, essa história não tende a mudar”.

“Cadê o vídeo?”,  pergunta um dos assassinos durante a execução. Para a Polícia Civil, ainda existem questões a ser levantadas, e como a investigação é prematura, não deu para saber o real motivo para o questionamento das imagens. “O celular do autor não foi apreendido, e estamos com policiais nas ruas para saber, inclusive com testemunhas, se o aparelho foi levado pelos bandidos, e o que poderia ter no conteúdo”, diz o investigador.

Klayton Silva Souza, de 21 anos, morto a tiros no Jardim Nova Olinda, em Aparecida de Goiânia: execução gravada (Foto: Polícia Militar / Arquivo)

Segundo relatos, cinco homens chegaram em um carro Fox de cor prata na casa de uma parente do homem, na esquina das ruas Liberdade com Laranjeiras, e invadiram o quintal da residência logo que souberam da presença de Klayton Silva no local. O delegado contou que ele estaria afastado da família e da região depois de ter sido ameaçado.

A Polícia Civil informou que Kleyton tinha passagens e respondia pelos crimes de tráfico de drogas e também por uso de arma de fogo de calibre restrito às forças armadas e Polícia Federal. O rapaz não tinha audiência agendada no Judiciário goiano. Segundo o Instituto Médico Legal de Aparecida de Goiânia (IML), o corpo foi removido na manhã desta segunda-feira pela família, que não autorizou divulgar o local do velório e sepultamento.