Cadela que ficou à espera do dono vítima da Covid passa por parto emergencial
A cadela chamada de Menininha passou por um parto de emergencial e deu à luz…
A cadela chamada de Menininha passou por um parto de emergencial e deu à luz três filhotes em Nerópolis, a 24 quilômetros de Goiânia. Ela ficou conhecida após ter ficado mais de um mês na porta de um hospital à espera do antigo dono, que morreu com Covid-19.
Menininha recebeu esse nome de profissionais de saúde do hospital. Ela foi adotada pelo produtor rural Donato Prado, após uma campanha nas redes sociais. Desde então, a cadela foi levada a uma clínica veterinária, onde descobriram que ela estava grávida e com uma doença causada por carrapatos.
A veterinária Denise Maia contou que, após exames, identificou que os filhotes estavam comprometidos e o melhor seria a cirurgia. A cesariana durou uma hora. O dono disse que ficou com um dos filhotes e busca um lar para o outro. Um terceiro filhote acabou morrendo durante a cirurgia.
‘Exemplo de fidelidade’
O caso de Menininha comoveu a população da cidade, inclusive, o delegado André Fernandes. Em uma rede social, ele publicou um vídeo sobre a situação dela, enquanto aguardava o antigo dono. “Menininha é exemplo de persistência e fidelidade”, disse o delegado.
O vídeo chegou até Donato, que comovido, resolveu adotar a cadela. “Estava no Mato Grosso e vi o vídeo do delegado, aquilo me chamou muita atenção. Eu já estava querendo uma companhia para minha outra cachorrinha, a ‘Maria Fifi’. Me emocionei muito, lembrei do filme ‘Sempre ao Seu Lado’. Falei: ‘Se ninguém adotá-la até domingo, dia que chegaria da viagem, eu ficarei com ela”, contou.
Persistência
Segundo a auxiliar de limpeza do hospital, Daniela Barbosa, Menininha ficou cerca de um mês na porta do Hospital Sagrado Coração de Jesus esperando pela volta do dono, que foi internado no local com Covid-19 em fevereiro, mas acabou morrendo.
Até a cadela ser adotada, Daniela e outros funcionários do hospital davam carinhos, água e comida para Menininha todos os dias. “Ela chegou junto com o dono. Quando o dono foi para a sala de internação, ela chegou a entrar várias vezes dentro do hospital atrás dele, e a gente tinha que colocá-la para fora. Até que o dono subiu e foi para a UTI. Com isso, ela não saiu mais da porta, e nós ficamos cuidando dela”, contou Daniela.
*Com informações do G1