Cai taxa de mortalidade infantil em Goiás
Goiás apresentou tendência de redução na mortalidade infantil na série histórica desde 2001, de acordo…
Goiás apresentou tendência de redução na mortalidade infantil na série histórica desde 2001, de acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde. O Estado tinha taxa de mortalidade infantil de 15,24 para cada mil nascidos vivos; em 2017 esse índice caiu para 12,86. Segundo a Secretaria do Estadual de Saúde, essa queda aconteceu com ações para qualificar a saúde pública, como o programa Siga Bebê.
Os dados do Ministério da Saúde são extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Eles apontam em 2012 pequeno aumento nos índices de mortalidade infantil. Na época foram implantadas estratégias para melhor detecção de casos, o que acarretou o aumento. Esses índices mantiveram-se em queda até 2015. Com a proliferação do zika vírus no Brasil, a taxa voltou a subir de 12,43, em 2015, para 12,72 em 2016.
Os dados levantados na série apontaram uma Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) com média de 13,9 de 2001 a 2018, em Goiás. Até 2015, o Estado apresentou TMI inferiores comparadas com as do Brasil. Utiliza-se o número de nascidos vivos como denominador, no cálculo da TMI, que produz uma estimativa mais acurada do total da população menor de 1 ano no período, ou seja, a Taxa é fortemente influenciada pelo número de nascidos vivos.
A TMI compreende o número de óbitos em menores de 1 ano de idade por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico no ano considerado. A mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos nos períodos neonatal precoce (0 a 6 dias), neonatal tardio (7 a 27 dias) e pós-neonatal (28 dias a menos de 1 ano de idade) essa taxa estima o risco de um nascido vivo morrer durante o primeiro ano de vida. Esse indicador tem sido usado para avaliar as condições de vida e saúde de uma determinada população.
Siga Bebê e Siga Mamãe
“O cálculo dos índices são alterados conforme variação de denominadores para mais ou para menos. Ou seja, quando o número de nascidos vivos diminui (em 2016), a taxa proporcional da mortalidade aumenta. É uma questão matemática, mas que não retrata, em tese, a realidade do dado lapidado em si que é, exatamente, o que estamos buscando com os projetos Siga Bebê e Siga Mamãe”, diz Maria Cecília Brito superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), juntamente com outras secretarias estaduais, tem como estratégia para melhorar os indicadores de saúde materno-infantil o Programa Siga Bebê, integrante do Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI). A meta é reduzir a mortalidade infantil em 32 municípios goianos, passando de 13,9 óbitos (2013) para 12,1 óbitos por mil nascidos vivos até o fim de 2018. Para tanto, conta com ações que visam identificar gestantes de risco e crianças até 1 ano, por meio de ferramentas tecnológicas e apoio logístico. Os 32 municípios prioritários concentram 70% dos óbitos infantis no Estado de Goiás.
O Sistema SIGA – módulos Siga Mamãe e Siga Bebê – foi desenvolvido pela SES para o melhor acompanhamento das gestantes e crianças menores de 1 ano, para permitir aos gestores também o acompanhamento do perfil epidemiológico do município e do Estado.
Pelo Sistema Siga, foi realizada uma série de capacitações que envolveram a maior parte dos agentes de Saúde da atenção básica e técnicos em Saúde dos 246 municípios goianos. No entanto, o sistema precisa ser aderido, espontaneamente, pelos municípios.