Câmara aprova abono de salário para músicos da orquestra sinfônica de Goiânia
No entanto, esse valor não será pago durante as férias, licença-maternidade, afastamento do cargo e não será incorporada à remuneração
Os vereadores aprovaram em definitivo, em sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira (5), o projeto de lei que prevê uma ajuda de custo e pagamento de data-base aos músicos da Orquestra Sinfônica de Goiânia.
O texto estabelece ajuda de custo de R$ 1,8 mil mensal para cada músico da Orquestra Sinfônica de Goiânia. No entanto, esse valor não será pago durante as férias, licença-maternidade, afastamento do cargo e não será incorporada à remuneração.
O projeto ainda concede o pagamento da data-base de 4,18%, retroativo a Iº de dezembro de 2023.
Reestruturação da carreira
O maestro da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Eliseu Ferreira, afirma que os músicos estão desde 2011 com o mesmo salário, o que gera muita dificuldade para manter instrumentos e pagar por transportes. Assim, o abono seria um alívio na situação. No entanto, destaca que é preciso aprovar a reestruturação da carreira.
“A reestruturação é um um pouco mais cara, demanda um pouco mais de cuidado, mas a gente tem um compromisso da Câmara, do secretário e também do prefeito, que em algum momento essa reestruturação virá. E, assim, se resolverá aos problemas, que são crônicos, de cargos, que não existem, e salários”, salienta o maestro.
O músico Félix Bauer diz que se trata de uma conquista, mas ressalta que é o primeiro passo de um processo de melhoria das condições dos trabalhadores da Orquestra Sinfônica de Goiânia.
“Com essa verba indenizatória, nós vamos poder ter um novo respiro para colocar a manutenção dos nossos instrumentos em dia, para colocar a manutenção da parte vocal dos cantores em dia e também vai ajudar muitas famílias a colocar dignidade na mesa. Mas ainda não é a nossa tão querida e sonhada reestruturação”, diz Félix Bauer.