Câmara Municipal de Aparecida terá Conselho de Ética, anuncia presidente
Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia criará um Conselho de Ética para a casa. O…
Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia criará um Conselho de Ética para a casa. O anúncio foi feito pelo presidente do Legislativo municipal, André Fortaleza, nesta terça-feira (15).
O Conselho de Ética é criado através de Projeto de Resolução, o qual deve ser apresentado na secretaria da Casa nos próximos dias, junto com a composição dos membros que integrarão o grupo.
Segundo Fortaleza, ética é um dos principais desafios do Poder Legislativo. “O grande desafio do Legislativo moderno é precisamente encarar a questão ética como prioridade, consagrando a transparência e vencendo abusos em potencial”, pontuou o presidente.
Conselho de ética deve observar pela dignidade parlamentar
Entre outras atribuições, o Conselho deve zelar pela observância dos preceitos éticos, cuidando da preservação da dignidade parlamentar, e, também, responder às consultas da Mesa, de comissões e de vereadores sobre matérias de sua competência.
O colegiado também deve ser encarregado de julgar e aplicar penalidades aos deputados, nos casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar.
Machismo: presidente da Câmara se envolveu em polêmica no início deste mês
No início deste mês, quando o presidente da Câmara, André Fortaleza, se envolveu em uma polêmica ao cortar o microfone da vereadora Camila Rosa durante uma sessão da Casa. A confusão se iniciou quando Fortaleza se sentiu ofendido e rebateu uma postagem que a parlamentar fez nas redes sociais.
Na publicação, a vereadora escreveu que “as sessões da câmara municipal de Aparecida voltaram com tudo na manhã desta terça, 01. Usei meu espaço de fala para defender a importância da mulher na política e os direitos de todas as minorias que são rejeitadas e discriminadas na sociedade. Não toleramos mais preconceitos! Vou lutar até o fim pela igualdade e o respeito. O espaço político é de todos.”
O presidente leu o comentário da vereadora na sessão e afirmou que não era contra a “classe feminina”, mas era contra cotas. Camila rebateu que em momento algum disse que ele era contra cotas. “Se o senhor entendeu isso, a carapuça pode ter servido. O senhor sempre fala de caráter, transparência, parece que o senhor tem um problema com isso”, emendou.
Neste momento, ocorreu uma discussão entre o presidente da Casa e a vereadora que culminou na ordem de cortar o microfone de Camila. Como a vereadora continuou a falar, mesmo sem o som, Fortaleza emendou: “Se acha que fiz algo errado, vá na delegacia e registre um B.O.”
Depois de algum tempo o presidente ordenou que devolvessem a fala à vereadora, que estava chorando. “É isso que fazem com as mulheres na política. É por isso que precisamos procurar nossos direitos. Não é uma questão de correr atrás de cota. A política é um espaço machista. No início da política, como eu disse ontem, só homens brancos e de alto poder aquisitivo. É necessário que nos espaços de poder estejam mulheres, negros, índios e pessoas da comunidade LGBT, que representam essas classes que sofrem a dor do preconceito”, afirmou Camila.