Manifestação

Em Goiás, caminhoneiros fecham distribuidoras e protestam em rodovias federais

Motoristas bloqueiam nesta segunda-feira (21) duas distribuidoras de combustíveis em Senador Canedo, na Região Metropolitana…

Motoristas bloqueiam nesta segunda-feira (21) duas distribuidoras de combustíveis em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, e outra no Jardim Novo Mundo, na capital.O protesto em Goiás faz parte do ato nacional da categoria contra o aumento do preço do óleo diesel e em defesa da criação do piso para o frete pago pelas empresas.

No interior do estado os trabalhadores também protestam nas rodovias. De acordo com um dos organizadores do ato em Goiás, Wallace Chorão, a manifestação começou nesta segunda-feira e só deve terminar quando o governo assinar o decreto com as melhorias exigidas.

Os caminhoneiros cobram medidas para reduzir o impacto do aumento do diesel, entre elas a isenção de tributos. De acordo com Wallace, o aumento constante dos preços nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Com a alta dos combustíveis e sem o reajuste no valor pago pelos fretes, eles também pedem a aprovação do Projeto de Lei 528 que estabelece um valor mínimo a ser pago para a categoria.

“O valor pago do frete pelas empresas que contratam nossos serviços não é compatível com as despesas da categoria”, conta Wallace, representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros em Goiás.

Protestos

Na região do entorno do Distrito Federal as manifestações acontecem na BR-040, em Luziânia, e na BR-020, em Formosa, e na BR-050, em Cristalina. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os atos são pacíficos. Os caminhoneiros solicitam a parada de outros caminhoneiros para que aderirem ao movimento. Em Formosa, houve um princípio de queima de pneus, mas a situação foi controlada.

“Nossa manifestação é pacífica. Nós não interrompemos a viagem dos veículos de passeio e nem daqueles caminhoneiros que estão com cargas vivas ou perecíveis. Nós só queremos que aqueles que podem, participem do ato para que possamos lutar por melhorias. Nós começamos hoje, mas não temos data para terminar”, conta Wallace.

No interior de Goiás, na BR-050, em Catalão, cerca de 500 caminhoneiros pararam no trevo da cidade. Até o momento, o ato é pacífico e o trânsito não foi prejudicado.

Já na BR-158, em Caiapônia, e na BR-153, em Itumbiara, os protestos deixam as pistas totalmente interditadas. Em Itumbiara,  apenas uma faixa de ambos sentidos está sendo liberada para os veículos de passeio. Em nota, a Triunfo Concebra, empresa que administra a BR-153, disse que o congestionamento em Itumbiara chega a 3 quilômetros no sentido Itumbiara-Goiânia. Os motoristas estão sendo alertados com mensagens nos painéis de mensagens variáveis localizados na rodovia e nas praças de pedágio.

Abastecimento

O ato dos caminhoneiros em Goiânia e região metropolitana pode atrapalhar o abastecimento dos postos combustível da capital. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios Derivados de Petróleos do Estado de Goiás (SindiPetro), Ageu Cavalcanti, disse que, mesmo com as manifestações, os trabalhadores das distribuidoras continuam com suas atividades normalmente. Ele também reforçou que as manifestações em conjunto com os feriados do dia do petroleiro, no dia 19 de maio, e da padroeira de Goiânia, no dia 24, pode deixar alguns postos sem  combustíveis.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto) informa que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação acerca da falta de combustíveis em postos da capital. No entanto, caso a manifestação permaneça, é provável que haja desabastecimento a partir do período vespertino, uma vez que, por conta do final de semana, a reposição de combustível nos postos costuma ser realizada às segundas-feiras.