Solidariedade

Campanha arrecada alimentos e medicamentos para bebê com síndrome rara

Uma campanha nas redes sociais busca ajudar uma mãe a custear o tratamento e a…

Uma campanha nas redes sociais busca ajudar uma mãe a custear o tratamento e a alimentação de seu bebê, diagnosticado com uma síndrome rara. O pequeno Arthur Lorenzo Silva Camargo sofre com uma série de problemas nos rins, nos intestinos e na visão que comprometem sua qualidade de vida.

Gizelly Cristiny da Silva, de 28 anos, mãe de Arthur, conta que o menino veio ao mundo, no dia 2 de janeiro deste ano, abaixo do peso, o que seria o primeiro indicativo dos males que o acometem. “Naquele momento não nos preocupamos porque eu sou pequena. Mas passou uma semana e ele teve uma conjuntivite”, relata.

Quando o problema foi curado, Gizelly diz que percebeu uma mancha branca no olho do bebê. Logo depois veio o diagnóstico: catarata. Durante o tratamento, descobriu-se também que ele sofria de glaucoma e precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência sob o risco de ficar cego.

Contudo, os problemas de saúde não pararam por aí. “A partir daí só fomos descobrindo mais coisas”, afirma a mãe.

Hoje, Arthur tem dois cistos na cabeça, cujas possíveis sequelas ainda devem ser investigadas. Aos 10 meses de idade, ele não fala, tem dificuldades para sentar, sofre com constipação  e refluxo, e, por ter um terceiro rim, expele mais nutrientes que o normal, o que o impossibilita de ganhar peso.

Com um problema semelhante na família, Gizelly logo suspeitou da síndrome de Lowe, que foi confirmada com a realização de exames. A doença provoca defeitos oculares, no sistema nervoso central, incluindo atraso mental, e alterações renais

Dificuldades

Os tratamentos de que Arthur necessita não são baratos. Além de remédios e colírios, ele precisa de exames regulares, fisioterapia e alimentação especial.

Ao todo, conta Gizelly, o bebê precisa de quatro tipos diferentes de colírios. O mais barato custa R$ 40, enquanto o mais caro chega a R$ 180. Em média, eles duram apenas duas semanas.

Para a alimentação, o garoto precisa do leite em pó especial Aptamil Active, cuja lata custa R$ 70. Seu rendimento é de aproximadamente uma semana. Ele também utiliza uma vitamina, cujo frasco dura aproximadamente esse mesmo tempo. “Eu uso menos que o recomendado para ver se rende mais”, diz a mãe.

Com experiência como vendedora, Gizelly não pode mais trabalhar. Ela precisa acompanhar o filho em suas sessões de exames e de terapia. O pai do menino atualmente mora no Sul do País, onde arranjou emprego para ajudar a custear os tratamentos de Arthur. “Ele tem filhos com outra mulher, então o dinheiro que ele ganha precisa repartir. Mas ele ajuda como pode, geralmente com R$ 200”, revela.

A  maior parte do sustento da casa e do tratamento fica por conta da mãe de Gizelly, que trabalha como diarista. Muitas vezes, as contas de energia e de água se atrasam para manter os cuidados com o menino em dia.

Atualmente, a mãe de Arthur busca obter auxílio do governo.

Campanha

Vendo as dificuldades de Gizelly, uma amiga resolveu lançar, pelas redes sociais, uma campanha para auxiliá-la. No Facebook e Instagram, imagens do pequeno Arthur revelam detalhes do seu cotidiano e dos problemas que ele e sua família enfrentam.

A solidariedade de muitos que se comovem com a história também tem sido fundamental para Arthur. “Algumas pessoas têm feito doações que estão ajudando muito”, revela Gizelly, que conta ter recebido inclusive uma cadeira de rodas para o filho, que deve começar a andar apenas aos quatro anos de idade.

Ela, no entanto, explica que o menino precisará de cuidados por toda a vida. “A síndrome que ele tem não tem cura e o tratamento é caro. Mais para frente ele precisará também de botinhas ortopédicas”, ressalta.

Com uma semana de campanha, a página de Arthur no Instagram reúne, até o momento, 450 seguidores. No Facebook, são 365. Nos perfis, os interessados podem obter informações sobre como ajudar o menino e sua família.