Campanha quer conscientizar população sobre descarte correto de medicamentos
Um furacão de seis metros de altura foi montado no Parque Vaca Brava para chamar a atenção do público do local
Mais de 10 mil toneladas de remédios são descartadas de maneira inadequada por ano no Brasil. Mesmo com leis que regulamentem a forma correta do descarte, ainda não há uma consciência coletiva sobre o tema. É por isso que a Farmácia Artesanal em parceria com a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA) e o Passeio das Águas Shopping, criaram a campanha de Descarte Inteligente, que pretende incentivar a mudança de hábitos na população.
Até o dia 30 de junho, um furacão com seis metros de altura vai estar exposto no Parque Vaca Braca, no Setor Bueno. A obra foi produzida com embalagens de medicamentos recolhidas durante três meses nas lojas da Artesanal. Para construir toda essa estrutura, foi preciso contar com a ajuda de um engenheiro. A mensagem que a peça gigante quer passar é que o descarte incorreto de medicamentos pode gerar danos graves ao meio ambiente e retornar de forma desastrosa para as vidas de quem os descartou.
Também foi criado um hotsite para que as pessoas possam se informar sobre os impactos gerados pelo descarte incorreto, além de dicas de como descartar corretamente os medicamentos vencidos ou inutilizados.
A campanha ainda pretende alcançar os médicos para que eles possam orientar seus pacientes para o descarte correto de medicamentos.“Muitas vezes por falta de informação ou desconhecimento e até de locais adequados, as pessoas acabam jogando esses medicamentos vencidos no lixo doméstico comum, como, por exemplo, no vaso sanitário, ralos e pias. Isso acaba indo para os aterros sanitários e para o lençol freático comprometendo o meio ambiente e nossa saúde”, explicou o presidente do Grupo Artesanal, Evandro Tokarski.
Tokarski explica ainda que por conter substâncias químicas, esses medicamentos podem contaminar o solo e a água, oferecem riscos à saúde da população e de animais, mesmo que haja o tratamento de esgoto. O caminho para o medicamento inutilizado ou vencido deve ser a incineração adequada em fornos especiais com temperatura acima de 3.000 graus.