Candidato suspeito de estuprar cadela não pode ser preso durante campanha
O delegado Rogério Moreira Silva, que investiga o caso de estupro de uma cachorrinha em…
O delegado Rogério Moreira Silva, que investiga o caso de estupro de uma cachorrinha em Caldas Novas – conhecida como “Branquinha” –, afirmou ao Mais Goiás que o suspeito do ato, o candidato a vereador Sandoval Leão (PT), não pode ser preso, pois não houve flagrante. Segundo ele, a Polícia Civil já realizou algumas diligências na casa do indivíduo, mas o mesmo ainda não foi localizado. “Ele vai ser interrogado. Ainda estamos aguardando os laudos e o prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias.”
Vale destacar, a lei eleitoral veda prisões e candidatos a cargos eletivos nos 15 dias anteriores à eleição, exceto por flagrante. Ou seja, a regra vale desde o último sábado (31), uma vez que o primeiro turno do pleito ocorre no dia 15 de novembro.
Destaca-se, ainda, que a Comissão de Direitos dos Animais da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) está acompanhando o caso. Segundo o delegado Gustavo Ferreira – também de Caldas –, foi o colegiado, por meio do deputado estadual Delegado Eduardo Prado (DC), que fez a denúncia. Rogério confirma e diz que, além desta, tiveram muitas outras denúncias.
Caso
Segundo informado pela Polícia Civil, o caso ocorreu em 31 de outubro. Contudo, a ocorrência só foi feita na manhã de quarta-feira (4) por um homem que seria o dono do animal. À polícia, ele disse que era vizinho do suspeito e fez imagens ao perceber os abusos.
Naquele momento, o delegado Rogério Moreira Silva afirmou à coluna Grande Angular que tanto o animal como o local dos maus-tratos passaram por perícia. “Se, ao fim da investigação, constatar que ele é o autor, será indiciado”, informou Moreira.
A cadelinha foi levada a uma clínica veterinária, na quarta-feira (4) – onde permanece neste momento –, e foi comprovada a violência, após exames periciais.
Coligação
Por meio de nota, a coligação Resgatando História e Mostrando Trabalho, da qual faz parte o PT, o PDT e o Patriota, informaram que o postulante à Câmara já teve a candidatura retirada, além de ter sido expulso. Além disso, reforçaram que as ações do suspeito não têm ligação com nenhum outro membro da chapa.
A coligação, inclusive, afirma que já protocolou expediente junto a Delegacia de Polícia Local. O objetivo, segundo a nota, é a elucidação do fato. “E não tolerará qualquer tentativo de abuso da liberdade de informação, acionando os meios cabíveis.”
Se condenado pelo crime de maus-tratos de animais, o candidato pode pegar até 5 anos de prisão.