SALVAMENTO

Casal bate à porta de bombeiro e ele salva bebê engasgado, em Goiânia

Prestes a ir dormir, um bombeiro de Goiânia foi surpreendido na porta de sua casa,…

Prestes a ir dormir, um bombeiro de Goiânia foi surpreendido na porta de sua casa, na Vila Maria Dilce, região noroeste da cidade, por um casal. Eles bateram à porta do militar por volta da meia-noite de sexta (10) para sábado (11), pois o filho deles, de dois meses, estava engasgado, sem respirar.

O cabo Diogo Barbosa de Araújo nem teve tempo de se assustar com a situação. Logo abriu o portão e pegou o bebê do colo da mãe. Foram alguns segundos – longos para os pais – até que ele fizesse a tapotagem (palminhas com a mão nas costas) e devolvesse o fôlego ao pequeno, que respondeu com um choro tranquilizador.

Segundo o bombeiro, depois dos primeiros tapinhas, viu que saiu uma secreção da boca do bebê. Ele, então, limpou boca e nariz do neném e fez mais uma vez a tapotagem. O choro veio. “Vi que estava sem respirar, no começo, mas quando o choro vem é bom sinal”, revelou ao Mais Goiás.

“Depois limpei novamente a boquinha e ensinei a mãe como desobstruir. Eles ficaram tranquilos.”

Não conhecia o casal

O cabo Araújo não conhecia o casal. Os dois, contudo, o conheciam. Eles disseram que sempre viam o militar saindo fardado de casa para o trabalho.

Eles moram uma quadra acima e, segundo a mãe da criança disse ao bombeiro, assim que o bebê engasgou eles lembraram do vizinho militar e correram para lá. Gastaram cerca de 3 minutos no percurso, desde o engasgue.

Sobre o que causou a situação, o casal disse que dava remédio ao bebê, quando ele teve o problema. “Eu não conhecia, mas agora conheço”, disse rindo. Nesta manhã de sábado ele já foi até a casa deles para ver o bebezinho. “Dormiu bem, segundo eles, e estava bem pela manhã”, relatou o salvador.

Casal bate à porta de bombeiro e ele salva bebê engasgado, em Goiânia

Números

Segundo a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), em 2021, de 2009 a 2019 2.148 crianças morreram por engasgo no Brasil. 84,6% destes casos foi por ingestão de alimentos causando obstrução do trato respiratório. Os outros 15,4% foram por obstrução de outros objetos.

Do montante de casos, 72% (1.545) em crianças menores de 1 ano. De 1 a 4 anos, 21,6% (465), e de 5 a 9 anos, 6,4% (138).