Casal é preso por estelionato após abandonar reparos em shoppings de Goiânia
Um casal foi preso, na manhã desta terça-feira (15), suspeito de estelionato durante a prestação…
Um casal foi preso, na manhã desta terça-feira (15), suspeito de estelionato durante a prestação de serviços elétricos em três dos maiores shoppings centers de Goiânia. A Polícia Civil (PC) apurou que eles remetiam boletos e notas de serviços a serem executados a empresas de factoring, as quais lhes ofereciam pagamento adiantado na compra da dívida dos clientes. Entretanto, como os trabalhos contratados não foram concluídos, centros comerciais e companhias de crédito ficaram com prejuízo somado de R$ 1,250 milhão.
As investigações foram conduzidas pelo delegado Gil Bathaus. Ele ressalta que os suspeitos já tinham anos no mercado de reparos elétricos. Em alguns casos, eles iniciavam os serviços, mas não chegavam a concluí-los. Em outros casos, sequer apareciam para realização dos reparos contratados.
“As investigações apontaram que eles davam prazos para esses clientes. Porém, realizavam a antecipação dos recebimentos com as factorings, que saiam lesadas pois, no momento, que fossem cobrar os valores, os boletos não eram reconhecidos. E os shoppings ficavam sem o cumprimento dos serviços”, afirma.
O casal, sendo um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 35, foi preso no Setor Jaó durante o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva expedidos pela 11ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia. A Justiça também solicitou o bloqueio das contas bancárias dos investigados.
O valor exato do prejuízo causado é de R$ 1.242.456,89. Segundo Gil, o casal se manteve em silêncio durante o interrogatório por instrução do advogado. As investigações ainda indicaram que o casal chegou a fechar a primeira empresa e abriu outra no mesmo ramo e nas proximidades da sede da antiga. Por isso, não foi difícil de localizá-los. Eles não tinham antecedentes criminais.
Eles responderão por estelionato, associação criminosa e emissão de duplicatas falsas. A defesa do casal disse ao Mais Goiás que foi surpreendida pelas prisões e que vai impetrar os recursos necessários para a liberação de ambos.
“Eles sempre agiram dentro da lei e não tinham conhecimento de nenhuma prática delitiva. Vamos aguardar o acesso aos laudos para um esclarecimento mais técnico já que eles não chegaram a ser intimados para prestarem os devidos esclarecimentos”, afirma Reginaldo Alves de Souza.