Maus-tratos

Casal é preso suspeito de maus tratos contra criança de 4 anos, em Formosa

O menor relatou aos policiais que o pai passava ferro quente no couro cabeludo e que a alimentação era a base de biscoitos

Um casal foi detido na noite desta sexta-feira (11) suspeito de praticar maus-tratos contra uma criança de quatro anos, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O próprio menor relatou aos policiais que o pai colocava ferro quente em seu couro cabeludo e que se alimentava apenas com biscoitos.

As equipes policiais receberam uma denúncia de que um menor estaria enrolado em um cobertor no porta-malas de um veículo Fiat Pálio, de cor vermelha. Ao localizar os suspeitos, os policiais encontraram a criança nos bancos traseiros do carro. De acordo com a corporação, o menor estava com hematomas  no rosto e com um ferimento no couro cabeludo.

Questionados, o pai e a madrasta da criança justificou aos policiais que os ferimentos era decorrente de uma queda que o menor havia sofrido da cama por duas vezes em menos de 20 dias. No entanto, ao perguntarem para a criança, o garoto relatou que o pai havia esquentado um ferro e queimado o seu couro cabeludo, e que a alimentação era só biscoitos.

De acordo com a PM, o pai da criança, Jackson Eduardo da Silva, 29 anos, tem outros antecedentes criminais, mas não foi especificado por quais crimes. Ele e a mulher foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Formosa, onde foram autuados por lesão corporal e liberados em seguida.

O menor ficou sob responsabilidade do Conselho Tutelar da Região Sul, que levou a criança até o hospital para a realização de exames.

“O menor está internado e passa bem. Na segunda-feira ele recebe alta e continuaremos com os procedimentos sobre a guarda dele. Os avós paternos já entraram em contato com a gente e disse que tem interesse em cuidar do neto”, explica o conselheiro Aelson Vieira de Araújo.

Na próxima semana, conselheiros de Montes Claros vão até a casa dos avós paternos para vistoriar se a criança tem condições de ser recebida. Segundo o conselheiro, a mãe biológica do garoto é usuária de drogas e não tem condições de cuidar da criança.