Caso Danilo: advogado quer novo interrogatório para Hian
Gilles Gomes acredita que nova entrevista pode mudar a dinâmica de investigação
A defesa de Hian Alves de Oliveira requereu que o jovem – suspeito de participar da morte de Danilo Souza Silva, de 7 anos – seja novamente ouvido pela polícia na presença do advogado. Além disso, solicitou, também, acesso aos autos da investigação.
“Dado não conhecer, até o presente momento, as exatas razões de sua prisão e, ainda, os elementos de informação produzidos”, escrevem os advogados Gilles Gomes e Carolina Batista no requerimento, nesta sexta-feira (7).
“Trata-se de pedido administrativo ao delegado responsável, Ernane de Oliveira Cázer”, explica Gilles. “Caso ele não entenda pela nova oitiva, estará assumindo o risco [de ser revertido na justiça].”
O advogado acredita que a nova entrevista pode mudar a dinâmica de investigação. Questionado sobre o porquê de seu cliente ter confessado, ele diz ainda não ter conclusão, mas sugere pressão.
A assessoria da Polícia Civil (PC) informou que o pedido foi feito na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) e que será analisado para providências cabíveis assim que possível. Sobre a suposta pressão, foi reforçado que Hian confessou espontaneamente.
Morte
Danilo foi encontrado morto de bruços em um lamaçal no dia 27 de julho, após ficar quase uma semana desaparecido. A perícia constatou que ele morreu por sufocamento.
No dia 31 de julho, a Polícia Civil prendeu o padastro de Danilo e Hian Alves, de 18 anos. Na ocasião, Hian confessou ter ajudado o padrasto a matar o menino em troca de uma moto. O padastro, no entanto, nega a autoria e diz que há armação. Uma testemunha teria visto o crime.