Caso Dayara Talissa: empresário confessou que matou jovem por uma fatalidade, diz delegado
Ele, um funcionário e uma mulher de 40 anos foram indiciados
O empresário Paulo Bianchini, companheiro de Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, confessou que matou a jovem por uma fatalidade, segundo o delegado Kennet de Souza. Ele, um funcionário e uma mulher de 40 anos foram indiciados, nesta semana, pela morte da jovem, encontrada enterrada em uma fazenda de Orizona, por feminicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Vale lembrar, um laudo de DNA de Dayara confirmou que a ossada encontrada em 6 de julho, na zona rural de Orizona, era dela. Na data que a corporação localizou os restos mortais, foi indicado que se tratava, de fato, da jovem desaparecida desde o dia 10 de março de 2024. A ocorrência de “desaparecimento” foi registrada pelo próprio companheiro, 15 dias depois do fato.
Segundo o delegado, o empresário passou a ser investigado após apresentar contradições, dizendo para a família que tinha deixado a vítima em um local e para polícia em outro. Além disso, quatro funcionários da fazenda onde o corpo foi encontrado apresentaram versões diferentes. Os trabalhadores, inclusive, estavam na investigação, mas três foram descartados, pois teriam sido induzidos a mentir. Um deles confessou a participação. Tanto ele quanto Paulo disseram estar em Itumbiara na data, mas a polícia confirmou que eles estavam em Orizona.
Já mulher de 40 anos teria utilizado o telefone celular da vítima para mandar mensagens para a família um dia após o desaparecimento. A corporação constatou, no entanto, que houve mudança na forma de escrever. “Mandou mensagem no dia 11/03 (um dia após o desaparecimento) falando que estava em Itumbiara. Na ocasião, chegou a mandar uma localização. Fizemos uma análise da escrita e constatamos que Dayara mudou o jeito de escrever de forma repentina”, explica. O telefone da vítima foi descartado em um córrego, em Itumbiara, mas localizado pelos policiais.
O delegado disse, ainda, que o empresário manuseou uma máquina para ocultar o corpo da vítima em 10 de março. Apesar da realização de buscas em abril, somente em julho foi possível localizar o cadáver, enterrado a cerca de 5 metros.
“Por fim, ele confessou a ocultação, a fraude processual (se passar por ela em Itumbiara mandando mensagens e a localização) e afirmou que a morte foi uma fatalidade. O investigado de 19 anos também confessou. Os outros funcionários foram induzidos a mentir e foi solicitado o arquivamento em relação a eles. Já a mulher de 40 anos foi indiciada, porque ficou utilizando o telefone da vítima por cerca de 10 dias, em Itumbiara, e, posteriormente, o descartou no mesmo local em que a localização foi encaminhada pelo telefone de Dayara.”
O Mais Goiás não conseguiu localizar as defesas dos indiciados. O espaço permanece aberto.
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