ano que vem

Caso Jehan: advogado do réu e promotora faltam, e júri é adiado para março de 2024

Júri estava inicialmente marcado para acontecer na manhã desta terça (7)

A juíza Natália Bueno Arantes da Costa determinou, há poucos minutos, o adiamento do júri que decidiria o futuro do médico veterinário Paulo Victor Sousa Gomes. Ele foi o responsável pelo golpe de canivete que matou o estudante de odontologia Jehan Paulo José de Paiva no dia 7 de junho de 2013, durante uma festa universitária que acontecia em Anápolis.

O júri estava inicialmente marcado para acontecer na manhã desta terça (7), mas tanto a representante do Ministério Público quanto o advogado do réu não compareceram. No caso do advogado, a justificativa foi um atestado médico. O júri foi remarcado para o dia 25 de março de 2024.

No dia em que foi morto, Jehan era o organizador de uma festa promovida pelos alunos do 8° período do curso de Odontologia da Unievangélica. O chopp acabou no meio da tarde e, quando voltou a ser servido, formou-se uma fila no balcão. Um rapaz, chamado Pedro, tentou furar a fila e isso irritou o réu, Paulo Victor, que o segurou pelo colarinho. Foi quando Jehan tentou apartar a confusão, mas foi atingido com um golpe de canivete no coração. Ele morreu 1h30 depois, no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana).

Após a publicação deste material, a Associação Goiana do Ministério Público encaminhou uma nota sobre o adiamento do julgamento. Veja a nota na íntegra:

A Associação Goiana do Ministério Público – (AGMP) esclarece que não procede a informação de que o julgamento do “Caso Jehan Paiva” foi adiado pelo não comparecimento da Promotora de Justiça na sessão plenária designada para a presente data (07/11) na comarca de Anápolis. O advogado de defesa do acusado Paulo Victor informou na data de ontem (6/11) a sua impossibilidade de comparecer no júri por razões de saúde com a juntada de atestado médico.

O Ministério Público requereu ao Poder Judiciário,no dia 01/11, a redesignação da mencionada sessão plenária informando que fora intimado para atuar na mesma data (07/11) em outro processo criminal, na 2ª Vara Criminal de Anápolis, acerca de homicídio qualificado com ocultação de cadáver, em que a ré se encontra presa cautelarmente, o que, conforme orientação da Corregedoria do MPGO deve ter atuação prioritária em detrimento de situações que envolvam réus que respondam a processos em liberdade.

O MPGO informou todos os fatos ao Poder Judiciário, juntando a respectiva documentação, e, ainda, requereu a redesignação do júri do dia 07/11 para o dia 13/11/2023 a fim de se conferir celeridade ao feito, contudo o pedido foi indeferido.

Somente no ano de 2023, na comarca de Anápolis, as Promotoras e os Promotores de Justiça realizaram quase uma centena de sessões plenárias e em nenhum caso houve o adiamento pela ausência do órgão ministerial.

Por fim, os membros e membras do MPGO se solidarizam com a família da vítima e reiteram seu compromisso com a defesa da vida, com a tutela dos direitos das vítimas e do nosso ordenamento jurídico.