Caso Valério Luiz: advogado de Maurício Sampaio diz que deixou caso por divergir do cliente
O júri do caso Valério Luiz de Oliveira, que deveria ter começado nessa segunda-feira (14),…
O júri do caso Valério Luiz de Oliveira, que deveria ter começado nessa segunda-feira (14), foi adiado após Ney Moura Teles, o advogado de Maurício Sampaio (um dos acusados pela morte do jornalista), deixar o caso. Ao Mais Goiás, ele afirma que não se tratou de manobra, mas de um direito previsto em lei e de uma divergência com o cliente, que não especificou.
“As leis processual civil e penal preveem. Ninguém pode criticar o advogado quando deixa de continuar defendendo”, explicou. “Eu comuniquei a renúncia no último dia 3 [e não no dia 11, como disse o juiz Lourival Machado da Costa à imprensa] e permaneci defendendo por 10 dias, como previsto na lei.”
Ney afirma que não revelará os motivos do rompimento contratual, mas diz que Sampaio sabe. “O advogado pode divergir de várias formas do cliente. Por uma delas, não foi possível continuar.”
Vale lembrar que Ney Moura atuava como advogado de Sampaio desde 2012.
Defesas durante os dez dias
Na primeira semana após a renúncia, Ney explica que precisou fazer uma defesa para Sampaio. De acordo com ele, o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, não pôde ser intimado por conta de endereço errado. Ele, então, informou que a intimação poderia ocorrer na sede do clube.
A segunda, na semana passada, foi por conta de juntada de documentos da assistência de acusação contra Maurício Sampaio. Esses documentos serviriam para produção de provas no julgamento, mas Ney explica que não havia prazo hábil para essa movimentação processual. “Eu fui intimado fora do prazo de três dias úteis, então recorri. Fiquei atento em todos os dez dias.”
Relembre o caso Valério Luiz
O crime ocorreu em julho de 2012. Segundo o Ministério Público, Valério foi morto em razão de críticas que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense.
Os denunciados são: Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Maurício Borges Sampaio e Urbano de Carvalho Malta.
Este é o segundo adiamento do julgamento. O primeiro ocorreu junho de 2020, em razão da pandemia.