Um quarto das notificações de dengue se concentra em 3,2% dos bairros de Aparecida
Um quarto das notificações de dengue se concentra em 3,2% dos bairros de Aparecida. Do…
Um quarto das notificações de dengue se concentra em 3,2% dos bairros de Aparecida. Do total de 6.827 casos de dengue notificados em Aparecida este ano, 1.781 ocorreram em apenas 10 bairros da cidade. Os três setores com maior incidência de notificações da doença são Colina Azul, Buriti Sereno e Jardim Tiradentes que concentram 847 notificações. O número representa quase metade do total de notificações de dengue do município.
Dados do último boletim epidemiológico da dengue divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontam que 6.827 casos de dengue foram notificados entre janeiro e setembro de 2021, em Aparecida. Colina Azul é o bairro de Aparecida que apresentou o maior número de notificações de dengue no período, com 364. Em segundo lugar, está o bairro Buriti Sereno, com 298, seguido por Jardim Tiradentes, com 185.
Em seguida, estão, Independência das Mansões (152), Jardim Olímpico (149), Setor Expansul (129), Madre Germana 1 (128), Setor Santa Luzia (118) e Vila Brasília (100). Atualmente, Aparecida é composta por 305 bairros.
Como ocorrem as notificações de dengue?
As notificações de dengue ocorrem quando quando algum paciente vai até uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e relata sintomas da doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as confirmações de casos notificados são concedidas por critérios clínicos epidemiológicos e mais de 80% dos casos notificados são confirmados no município.
Segundo o último boletim epidemiológico de dengue divulgado pela pasta, Aparecida confirmou 6.051 casos de dengue no período entre janeiro e novembro deste ano. O número representa 88,6% dos casos de dengue notificados na cidade.
Aparecida apresenta alto risco de incidência de dengue
Atualmente Aparecida apresenta coeficiente de alto risco de incidência de dengue no município, quadro identificado quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes. O último boletim epidemiológico da SMS indica que a incidência da doença no município está em 1025,3 casos por 100 mil habitantes.
O coordenador de Vigilância Ambiental, Iron Pereira, explica que a maior incidência de casos da doença nos bairros Colina Azul, Buriti Sereno e Jardim Tiradentes se deve ao intenso adensamento urbano, com maior concentração populacional nessas regiões. “Esses locais são bairros adensados com população mais acentuada, o que facilita que a transmissão ocorra de maneira potencializada”, declarou.
Iron afirma que a pasta intensificou o trabalho de equipes nesses locais. “Temos feito um trabalho intensificado de educação junto à população e monitoramento de possíveis focos de reprodução do mosquito da dengue nestes locais”.
Combate ao mosquito evita novas epidemias
O coordenador de Vigilância Ambiental disse também que é muito importante que a população receba os agentes epidemiológicos em suas casas, para receberem orientações e eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a chikungunya e o zika vírus.
“Neste momento, a incidência da dengue é alta no município e precisamos da parceria da população na eliminação do mosquito para que as outras doenças que são transmitidas pelo vetor não virem epidemias”, alertou.
Conasems alerta para medidas de prevenção contra a dengue
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) alerta para a necessidade de medidas preventivas para evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O Ministério da Saúde recomenda que a população realize frequentes varreduras em casa, para eliminar recipientes com água parada. Em menos de 15 minutos é possível realizar toda a higiene e limpeza necessárias para evitar que o mosquito se reproduza.
Outras medidas preventivas importantes é tapar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia.
Além disso, deve-se manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela e manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
O Conasems alerta ainda que quando o foco do mosquito da dengue é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores ou pela população, como em terrenos baldios ou lixos acumulados na rua, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada para remoção desses possíveis criadouros.