Ceasa adota medidas restritivas no fluxo de pessoas
A Central de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa) adotou medidas para diminuir aglomerações e…
A Central de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa) adotou medidas para diminuir aglomerações e fluxo de pessoas nesta segunda-feira (23). As ações fazem parte de recomendações do Ministério da Saúde para evitar o contágio por Covid-19, doença causada pelo coronavírus (Sars-Cov-2).
Entre as medidas adotadas está a mudança dos trabalhadores do Mercado do Produtor, na Pedra 1, para o estacionamento da Ceasa. Com isso, o espaço entre os produtores, e compradores, ficou maior. Somente na Pedra 1 são cerca de 400 produtores e o fluxo de pessoas chega a 15 mil pessoas por dia, em tempos normais.
No estacionamento, os produtores terão aproximadamente 10 mil metros quadrados para poder comercializar seus produtos, o que aumenta a distância entre cada comerciante. Um vendedor que não quis se identificar, disse que o medo entre os trabalhadores é constante. Sobretudo entre os vendedores e os carregadores, que estão na lida direta com outras pessoas. Assim, ele apoia a mudança de local.
O gestor de compras Marcos Vinícius de Almeida, que trabalha no Ceasa, diz que com a mudança houve melhorias, justamente por aumentar o espaço entre as pessoas. Ele notou que houve diminuição natural de fluxo, pois muitos produtores e distribuidores adotaram a estratégia de venda online. “Têm muita oferta, com vendedores e compradores do interior e internos. Não houve diminuição neste sentido”, aponta.
No entanto, o gestor de compras diz que notou uma diminuição do fluxo de caminhões de outros estados. Ele atribui isso à falta de oferta de alguns produtos após o fechamento das indústrias não essenciais. “Alguns cereais não encontram mais. O caminhoneiro vinha de outro estado trazendo frutas, por exemplo, e voltava levando grãos. Como não tem mais, não compensa para ele vir trazer as frutas”, diz.
Preços
O subgerente de um supermercado de Goiânia, Santino Vidal, adotou a estratégia da compra online. Ele que ia ao Ceasa com frequência, passou a comprar através do WhatsApp e telefone. No entanto, ele alerta que os preços dos produtos já subiram na compra junto ao Ceasa e isso deve impactar o preço final ao consumidor.
O pimentão verde, por exemplo, saía até a última sexta-feira (20) a R$ 65 a caixa. Nesta segunda-feira está sendo vendida a R$ 100. Já a cenoura saltou de R$ 2,50 para R$ 4,80, o quilo. A cebola saiu de R$ 45 para R$ 75, o saco, e a batata inglesa de R$ 120 para R$ 180, também pelo preço do saco.
“Além do aumento nos preços, notei também a diminuição da oferta de mercadoria. Isso tudo pode impactar a vida do consumidor”, alerta.