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CEI da Comurg: Ex-diretor de transportes aponta redução de custos e pleno funcionamento da frota

Segundo Cascão, os gastos com reposição de peças e pneus foram reduzidos, em seu primeiro ano de trabalho, de R$16 milhões para R$ 10 milhões

Comurg (Foto: Divulgação)

O ex-diretor de transportes da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Luis Carlos Cascão, apontou, durante oitiva na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura possíveis irregularidades, na terça-feira (7), que a administração anterior, do qual fazia parte, deu prioridade à manutenção preventiva dos veículos. O que alcançou bons resultados. Para o presidente da CEI, o fato mostra que a atual gestão tem sido falha.

Segundo Cascão, os gastos com reposição de peças e pneus foram reduzidos, em seu primeiro ano de trabalho, de R$16 milhões para R$ 10 milhões, valor que chegou a R$ 7 milhões em 2020, mesmo com o envelhecimento e desgaste natural dos veículos. Ele esteve à frente do setor de transportes de janeiro de 2017 a abril de 2021.

Luiz Carlos Cascão apontou que, em 2020, 49 novos caminhões – desenvolvidos especialmente para o trabalho de coleta de lixo – foram adquiridos pela Comurg e somados à essa frota já antiga, de 87 veículos. Ao deixar o cargo de diretor, já em 2021, a companhia contava com mais de 70 caminhões aptos para o serviço – 49 veículos com apenas oito meses de uso; entre 25 e 30 rodando; e outros 25 em manutenção preventiva.

“Estabelecemos o critério da manutenção preventiva em nossa gestão. Além de manter veículos rodando com segurança, isso representa uma redução de custos muito grande”, argumentou.

Frota

O Mais Goiás mostrou que a Comurg adiou sine die, ou seja, sem data específica, pregão eletrônico que seria realizado na próxima quarta-feira (7) para locação de 30 caminhões compactadores de lixo para uso na capital. A empresa justifica o adiamento para alteração no edital.

No edital, a empresa argumenta que a frota da Comurg é própria e conta com 46 caminhões. São 37 caminhões com compactador de lixo de 15 m³ e nove com compactador de 19 m³. Segundo a companhia, 17 veículos são da marca Ford modelo 1719, de 2014, acima da vida útil — o que a inviabilizaria “as manutenções preventivas e corretivas pelo alto custo financeiro”.

O presidente da CEI, vereador Ronilson Reis (sem partido) avalia que o relato do ex-diretor mostra que a atual gestão tem sido falha.

“Foi comprovado que houve uma redução de gastos com a manutenção e a frota funcionava perfeitamente. Na atual gestão está demonstrado, segundo os levantamentos, que os caminhões não estão nas ruas, faltando manutenção preventiva, falta de gestão, com desperdício de serviço público”, critica.