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Ceia de Natal mais cara em 2024; veja produtos que tiveram aumento e como economizar

Os produtos que compõem a cesta natalina sofreram aumento médio de 7,7%

Ceia de Natal mais cara em 2024 (Foto: Imagem Ilustrativa/Pexels)

A ceia de Natal ficou mais cara em 2024. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os produtos que compõem a cesta natalina sofreram aumento médio de 7,7%. Com os reajustes, o preço médio da cesta subiu de R$ 402,45 para R$ 433,42. Mesmo assim, ainda é possível economizar e ter uma mesa farta neste momento de celebração. Para isso, o Mais Goiás separou dicas de como reduzir os custos na celebração. (Veja abaixo)

As carnes foram os itens que mais contribuíram para essa alta, as carnes se destacam. Para se ter uma ideia o lombo de porco desossado registrou aumento de 25,98%. O pernil teve alta de 28,62%. Já o filé mignon e a picanha também não ficaram atrás e aumentaram 24,25% e 20,75%, respectivamente.

Para Marcelo Penha, analista de mercado do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), fatores internos e externos influenciam na carne mais cara. “Em períodos de alta demanda, a oferta de animais pode não ser suficiente para atender ao mercado de forma imediata, o que aconteceu em 2024 com o aumento das exportações e a proximidade das festas de fim de ano”, explica.

Segundo o especialista, foram exportadas, de janeiro a novembro deste ano, 2,34 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento de 30,4% maior que o registrado no mesmo período de 2023. No Brasil, a China representa 51% de toda a carne exportada, seguida dos Estados Unidos com 7,9%.

Com a carne bovina mais cara, o especialista destaca que “o consumidor brasileiro com renda de até 2 salários mínimos migraram para as carnes de frango e suíno”, o que pode explicar esse aumento no preço do pernil e do lombo.

Peru

Apesar do cenário de aumentos, alguns produtos tiveram reajustes mais modestos. O panetone e o peru, por exemplo, não sofreram grandes variações de preço, segundo o IPC. A farofa, por sua vez, foi o único item que registrou uma redução no valor, com uma queda de 6,50%. 

Conforme o presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Sirlei Couto, alguns produtos tiveram alta, mas acompanharam a inflação, como, por exemplo, cerveja, sucos, vinhos e espumantes. Esses produtos tiveram aumento entre 5 a 9%.

Sirlei Couto esclarece que houve grande aumento no preço das carnes bovinas e suínas, mas, há cerca de duas semanas, a arrouba do boi tem registrado quedas nos preços. “O que era comercializada em torno de R$ 350, a arroba hoje já está em torno de R$ 290 a R$ 300, fazendo com que já chegue aos supermercados com um preço um pouco mais acessível”, explica.

“Os supermercados já estão abaixando esse preço para o consumidor final. Essa é uma ótima notícia porque o brasileiro adora um churrasco e é um consumidor nato dessa proteína”, finaliza.

Frutas

As frutas, que são presença garantida na ceia de Natal, também registraram aumentos expressivos. A uva subiu quase 20%, enquanto o pêssego teve um aumento de 18,96%. Outros itens, como o suco de néctar de laranja, o palmito e o bombom também apresentaram aumentos consideráveis, de 20,35%, quase 10% e 9,27%, respectivamente. O azeite de oliva extra virgem continua caro, com inflação acumulada de 21,47%.

Josué Lopes Siqueira, gerente de divisão técnica das Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO), afirma que “a uva ficou um pouco mais cara devido a uma demanda maior, típica dessa época. Além disso, a produção foi menor esse ano”.

No caso da ameixa e do pêssego, os preços estão quase iguais aos praticados em 2023, aponta o gerente. “O pêssego e a ameixa, que agora está na época de safra, estão com oscilações para mais e para menos”, disse.

Para o representante da Ceasa de Goiás, entre as frutas, as mais procuradas no período natalino agora estão a ameixa, o pêssego, a uva, a maça e a pera. Entre as frutas que sofreram baixas no preço e que podem ser acrescentadas à ceia estão o abacaxi, a melancia e o limão. Ainda segundo o gerente, as hortaliças em geral estão com preços mais baratos.

Veja dicas para economizar na Ceia de Natal

  • Planeje e aproveite o que já tem na geladeira: antes de ir ao mercado, planeje o cardápio e faça uma lista detalhada de tudo o que vai precisar. Para evitar compras desnecessárias, verifique antes o que já tem em casa.
  • Pesquise os preços: antes de realizar as compras, faça uma pesquisa minuciosa dos produtos e seus respectivos preços. Um levantamento do Procon Goiânia constatou variação de quase 300% nos itens da Ceia de Natal. Se o consumidor comprar pelos menores preços, a economia, em cinco produtos, será de cerca de R$ 90,00, aponta o estudo.
  • Aproveite as alternativas: diante do aumento de preços de itens como azeite e bacalhau, considere alternativas mais acessíveis, como, por exemplo, frango inteiro, que costuma ser mais barato.
  • Faça substituições: opte por produtos que tiveram redução de preço ou pouca variação. Usar frutas da estação, investir em patês caseiros e comprar queijos nacionais para tábuas de frios podem ser opções mais econômicas.
  • Escolha receitas simples e acessíveis: procure receitas que utilizem ingredientes, poucos produtos, mais baratos e da época. Vale substituir pratos sofisticados por alternativas mais simples.
  • Organize um cardápio colaborativo: uma forma de economizar é fazer uma ceia colaborativa com cada um levando um prato para ser compartilhado.