PUNIÇÃO

‘Cela de castigo’: clínica de reabilitação clandestina em Goiás tinha sala com grades para punir internos, diz delegada

A delegada contou que ao menos 50 pessoas estavam internadas na clínica e detalhou como era a cela do castigo.

Cela do castigo em clínica de reabilitação (Divulgação/PCGO)

Quatro pessoas foram presas suspeitas de tortura contra pacientes de uma clínica de reabilitação clandestina em Pontalina, no sul de Goiás, na terça-feira (16). Segundo a delegada responsável pelo caso, Tereza Nabarro, no local, havia uma ‘cela de castigo, para punir os internos.

“As vítimas localizadas relataram abusos, inclusive, um dos internos era um menor de idade. Através das investigações, foi constatada a prática de diversos crimes naquela clínica”, explica Tereza.

A delegada contou que ao menos 50 pessoas estavam internadas na clínica, e detalhou como era a cela do castigo.

“As pessoas eram negligenciadas na alimentação e na saúde. Existia até mesmo uma cela de castigo, com grades e cadeados onde colocavam os internos por vários dias consecutivos para punição”, contou.

Além dos mandados de prisão preventiva, foram cumpridos outros cinco mandados de busca e apreensão contra os suspeitos, que eram “funcionários”. Eles praticavam crimes de tortura majorada, cárcere privado qualificado, estupro de vulnerável e até furto qualificado, segundo a PC.

De acordo com a delegada, os investigados são: os funcionários: Gustavo Alves da Silva; Andre Luiz Alves Abbiati; Joaquim Camargo de Araujo; Lucas Maquiera Paes Ladim; Thiago Altino Barbosa, vulgo “macaco”; Rafael Garcia Gouveia; Mateus Candido Nunes de Azevedo e o proprietário da clínica: Renato Borges Pereira.

O Mais Goiás não conseguiu localizar as defesas dos investigados para um posicionamento. O espaço permanece aberto.