Celular da vítima ajuda polícia a identificar assassino em Bonfinópolis
Ademostero Batista da Silva, que estava desaparecido desde fevereiro, foi morto e teve olhos e dentes arrancados por um compadre, que cumpria pena no regime semiaberto
A localização de um homem que comprou um celular roubado ajudou a Polícia Civil a esclarecer o desaparecimento de Ademostero Batista da Silva, de 48 anos. Morador de Bonfinópolis, cidade que fica na região metropolitana de Goiânia, Ademostero foi assassinado com pauladas e facadas, e teve os olhos e dentes arrancados por um compadre, que já possuía várias passagens criminais, e cumpria pena no regime semiaberto.
Há sete meses que equipes do 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia buscavam por pistas que levassem até Ademostero, que sumiu no último mês de em fevereiro. Dias após o desaparecimento, ele teria enviado uma mensagem pelo celular para familiares dizendo que ficaria um tempo sem se comunicar, já que havia se mudado para uma cidade que não tinha sinal de telefone celular.
“Os familiares e nós desconfiamos das mensagens porque continham muitos erros de português que, descobrimos posteriormente, foram propositais, já que o Ademostero era analfabeto. Quando localizamos há alguns dias o celular dele, a pessoa que comprou nos ajudou a chegar ao principal suspeito, que é de altíssima periculosidade, condenado já, e que confessou o crime”, descreveu o delegado Carlos Levergger, titular do 5º DP de Aparecida de Goiânia.
Com a confissão do homem de 25 anos que está preso suspeito de cometer o assassinato, a polícia descobriu que Ademostero foi atraído para uma emboscada, onde acabou morto com pauladas e facadas, e depois teve o corpo jogado em um rio. De acordo com as investigações, a vítima teve sua sentença de morte decretada após enviar algumas mensagens assediando a esposa do autor, que além de ser seu compadre, também era vizinho dele, em Bonfinópolis.
A polícia investiga agora se alguma pessoa ajudou o homem que está preso a levar o corpo de Ademostero até Caldazinha, onde ele foi jogado, de cima de uma ponte, no Rio das Caldas. Ainda nesta semana, o delegado que investiga o caso pedirá ao judiciário goiano a transformação da prisão do suspeito, de temporária, para preventiva. O nome dele não foi divulgado.