Cemitério do crime: polícia encontra mais um corpo em área de mata em Goiânia
Cemitério do crime fica em uma área de mata que fica entre os setores Vera Cruz 1, e Vera Cruz 2, em Goiânia
Com o apoio de policiais penais, agentes da Polícia Civil, e Bombeiros localizaram, nesta quinta-feira (11), o corpo de uma pessoa do sexo masculino em uma área de mata que fica entre os setores Vera Cruz 1, e Vera Cruz 2, em Goiânia. Como este é o segundo corpo localizado em menos de um mês, a suspeita é que a mata estaria sendo usada por uma facção criminosa como cemitério, para o sepultamento de rivais.
Tudo indica, segundo o delegado João Paulo Mendes, adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), que o corpo encontrado ontem seja de Lucas André Xavier de Oliveira, de 23 anos, que desapareceu após ser sequestrado por traficantes no dia 21 de novembro do ano passado, no Bairro Jardins do Cerrado. Um par de tênis e uma camiseta que estavam perto dos restos mortais, segundo o delegado, foram reconhecidos pela mãe do jovem, como sendo pertencentes a ele.
No dia 13 de dezembro do ano passado, outro corpo havia sido encontrado enterrado no mesmo local, sendo que, naquela ocasião, a DIH suspeitou tratar-se de Lucas André, mas um exame de DNA, concluído recentemente, descartou essa possibilidade. A polícia trabalha, agora, para identificar de quem é o primeiro corpo localizado, e aguarda novos exames para confirmar se os restos encontrados ontem realmente pertencem à Lucas.
Ordem para execuções
De acordo com João Paulo Mendes, as ordens para as execuções de rivais estariam sendo dadas por um traficante de Goiás que, quando soube que estava sendo procurado, fugiu, no final do ano passado, para uma comunidade no Rio de Janeiro. Yuri Alexandre Sousa Andrade, de 20 anos, o “Cerradão”, segundo o delegado, seria responsável também, pela ordem dada para a execução de um casal que foi assassinado a tiros em outubro de 2023, em Goiânia.
Em relação à morte de Lucas André, a DIH apurou que ele foi sequestrado e morto após perder duas cargas de maconha. Como desconfiavam que ele seria informante da polícia, os assassinos cortaram a língua dele, e filmaram a tortura e execução. Três dos autores foram presos no final do ano passado, e confessaram o delito.
Durante toda a manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Civil, com apoio de um cão farejador do Bombeiros, e com o uso de um trator, fez escavações na mata onde os dois corpos foram enterrados, à procura de outras vítimas. Até o início da tarde, porém, nenhum outro corpo havia sido localizado.