Centenas de peixes aparecem mortos no Rio Vermelho, em Crixás (GO)

Centenas de peixes apareceram mortos no Rio Vermelho, município de Crixás, no último domingo (29). Leitores que enviaram vídeos e denúncias ao Mais Goiás especulam sobre um possível envenenamento dos animais.

Magna Fernandes, diretora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, diz que equipes da pasta foram ao rio no mesmo dia, junto com fiscais da Vigilância Sanitária, Defesa Civil e um engenheiro ambiental. O local da filmagem fica na saída da cidade. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) também foi avisada.

“Acionamos todos os órgãos responsáveis. Colhemos material, subimos o rio recolhendo peixes para necrópsia e amostras de água para avaliação. Ainda estamos em investigação, pois os laudos não ficaram prontos”, afirma.

Segundo Magna, não é possível dizer quantos peixes morreram, apenas que são centenas. Entre eles, há espécies que as autoridades nem sabiam que existiam na região. “Cascudo, papa-terra, mandi… Peixes fortes e resistentes e que mesmo assim morreram”, afirma.

Ela explica ainda que é difícil supor que substância causou as mortes, mas ressalta que há fazendas e áreas de garimpo ilegal ao longo do leito. “Garanto que não guardaremos nomes de culpados. Assim que os tivermos, tornaremos públicos”.

Araguaia

A expectativa da pasta é que a substância que matou os peixes se dilua até chegar ao Araguaia, onde o rio Vermelho deságua. É o que diz o secretário Carlos Borges. “O problema foi detectado em um raio aproximado de 4 km na parte do rio que passa dentro do município. O produto que causou a situação, inclusive, é de difícil detecção por ser solúvel.”

Carlos afirma que a investigação preliminar alcançou três suspeitos. Nenhum deles, contudo, é produtor rural. “Visitamos várias fazendas e ninguém utilizou agrotóxico”.

Semad

Em nota, o Governo de Goiás, diz que já foi informado de possível situação de crime ambiental em Crixás. A Secretaria de Meio Ambiente afirma que deslocou equipe de fiscais “para averiguações necessárias e tomada de medidas administrativas cabíveis”.