Central de esterilização do HMI é interditada após a constatação de diversas irregularidades
A Auditoria Fiscal do Trabalho em Goiás interditou nesta quinta-feira (25) a Central de Materiais e…
A Auditoria Fiscal do Trabalho em Goiás interditou nesta quinta-feira (25) a Central de Materiais e Esterilização do Hospital Materno Infantil (HMI). No local, foram constatadas diversas irregularidades que colocavam em risco os funcionários da unidade e a própria população atendida.
A auditora fiscal do trabalho Jacqueline Carrijo explica que as fiscalizações no hospital tiveram início no fim de março. “Coletamos diversas provas do absurdo que estava acontecendo lá”, comentou ao Mais Goiás, ressaltando que o hospital não cumpre nada do que é estabelecido nas normas regulamentadoras.
A auditora classificou a situação dos trabalhadores como de altíssima insalubridade. As fiscalizações apontaram que não havia equipamentos de proteção individual ou coletiva, a inadequação da iluminação, a inexistência de vestiários, pias ou banheiros para os funcionários, a falta de um sistema de combate a incêndio, a utilização de equipamentos quebrados e, ainda, a carga excessiva de trabalho, de 12 horas.
De acordo com Jacqueline, até mesmo o mobiliário do setor está completamente irregular. “Ou estão quebrados porque são de madeira ou estão enferrujados porque são de metal. De qualquer forma, tudo completamente fora dos padrões”, afirma. A precariedade continua: “Muitos funcionários trabalham como mendigos, com roupas rasgadas, o que é um absurdo, porque eles atuam em uma área de alto risco”, declara.
Por conta de toda a situação constatada, a auditora apresenta, ainda nesta quinta, uma representação contra o governo do Estado e a organização social (OS) Instituto de Gestão e Humanização, responsáveis pelo hospital.
O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria de imprensa do HMI que informou que o hospital só se manifestará após ter acesso aos relatórios.