COVID-19

Centro-Oeste é a região que menos tem medo do coronavírus, diz pesquisa

O Centro-Oeste é a região do Brasil em que a população está menos preocupada com…

O Centro-Oeste é a região do Brasil em que a população está menos preocupada com o coronavírus, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Demanda entre os dias 18 e 21 de abril. O levantamento foi feito com a aplicação de formulários online. 

Em Goiás e nos estados vizinhos, 62% da população se diz muito preocupada com a possibilidade de alguém próximo ser contaminada pelo vírus. Este índice é de 68% no Nordeste, 83% no Norte (onde a pandemia causou mais estrago), 71% no Sudeste e 64% no Sul. 

O medo de ser contaminado pelo vírus é grande para apenas 40% no Centro-Oeste do País. No Nordeste é de 55%, no Norte é de 70%, no Sudeste é de 56% e no Sul, 49%. (Clique aqui para ver a pesquisa na íntegra).

Curiosamente, a esmagadora maioria da população de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito considera-se bem informada a respeito da pandemia. 63% dizem que estão muito bem informados e 32% se consideram bem informados. Somente 5% afirmam que entendem pouco do assunto. 

Na mesma linha de raciocínio, o instituto Demanda perguntou aos entrevistados se eles conheciam bem as formas de se prevenir do coronavírus. 76% consideram-se suficientemente bem esclarecidos e 23%, esclarecidos. Apenas 1% diz que precisa se informar melhor. 

Impacto

A pesquisa mostra que, ao contrário do resto do Brasil, a população da região Centro-Oeste está mais preocupada com o aumento do desemprego do que com o colapso do sistema de saúde. 

No Centro-Oeste, 59% se dizem preocupados com o fechamento de vagas de trabalho e 51% temem que o sistema de saúde seja incapaz de dar conta de todos os pacientes de covid-19. No conjunto do País, estes índices são de 55% e 59%. 

Na região em que Goiás se localiza, o temor com os efeitos de uma recessão econômica atinge 46%; o medo de faltar UTIs afeta 43% dos entrevistados. Na sequência, surgem: aumento da pobreza (40%); quebra de empresas (23%); estagnação da economia (21%); paralisação da indústria (5%); alterações na Bolsa de Valores (3%). Ficaram com 1% as opções “redução da oferta de produtos”, “redução no fluxo de mercadorias”, “redução de viagens”, “redução de compra de produtos”, “fechamento de fronteiras internacionais”, “controle populacional/demográfico”. 

Ficaram com 0% os itens “nenhum impacto”, “aumento de compra de produtos”, “paralisação de companhias aéreas” e “redução no fluxo de pessoas”. O instituto ouviu 1.045 pessoas. O índice de confiabilidade é de 95%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.