Cerca de 100 mil pessoas são aguardadas até as 22h na Parada LGBTI de Goiânia

Cerca de 100 mil pessoas são esperadas na 24º Parada do orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais (LGBTI) de Goiânia. O evento teve concentração por volta do meio-dia, deste domingo (8), na Praça Cívica, no Centro de Goiânia. A expectativa é que a festa se encerre por volta das 22 horas. O trajeto do grupo passa pelas avenidas Araguaia, Paranaíba e Tocantins.

Neste ano, a Parada irá comemorar os 50 anos da Revolta de Stone Wall Inn. De acordo com a presidenta da Associação da Parada de Goiânia (APOLGBTGYN), Isabel Cristine, em 28 de junho de 1969, um grupo não aceitou mais a extorsão e agressão feita pela polícia num bar da comunidade gay e foram às ruas. Esta revolta, até nos dias atuais, visa a busca por direitos e igualdades na sociedade.

“Reivindicamos também mais democracia e mais direitos no Brasil. Queremos conselhos contra a discriminação no Município, Estado e na União. Somos 250 mil LGBTIQ na cidade, cerca de 15% da população, pagamos impostos, queremos emprego, carteira assinada, saúde, educação, assistência social, moradia e direito de viver sem nenhuma violência, especialmente a policial”, afirma.

A parada também homenageia o Supremo Tribunal Federal (STF), que recentemente enquadrou o crime de Homofobia no crime de racismo. Também serão homenageados a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) pela proteção dada à comunidade, a ex-vereadora Marina Sant Anna, pela primeira audiência pública contra Homofobia e Transfobia e o fundador da primeira parada, Onaldo Pereira.

Representantes da DPE, do Ministério Público (MP-GO), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Corregedoria da Polícia Militar, Universidades e Organizações Não-Governamentais (ONGs) estão prestando assistência no local. Serão feitos 200 testes do HIV e distribuídos 40 mil preservativos.