Cerca de 200 detentos são transferidos para presídio de Planaltina
Os detidos estavam em unidades de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa e outras 20 cidades do interior do Estado, que não tiveram nomes divulgados pela SSP; nem mesmo os familiares foram avisados da transferência, para evitar vazamento de informações, afirma a Secretaria de Segurança Pública
Cerca de 200 presos foram transferidos para o presídio de Planaltina, que fica no entorno do Distrito Federal (DF). 80% dos detentos encaminhados estavam na Casa de Prisão de Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia e outros estavam em 22 municípios. A estrutura foi inaugurada na última semana e tem capacidade para 388 detentos. A informação foi passada à imprensa em coletiva na tarde desta terça-feira (10).
“Eles eram de unidades de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Formosa e de outras vinte cidades pequenas que não terão nomes divulgados”, conta Rodney. O coronel Wellington Urzêda completa que “se trata se presos de alta periculosidade”, afirmou o secretário de Segurança Pública (SSP-GO), Rodney Miranda. A operação foi integrada por forças de segurança de Goiás com apoio de policiais do DF.
Segundo o secretário da SSP-GO, para a transferência foram necessárias 50 viaturas e quase 400 agentes prisionais. “A DGAP (Diretoria-Geral de Administração Penitenciária) junto aos policiais realizaram um levantamento de presos perigosos que deveriam ser transferidos para o novo presídio”, relata.
O intuito do deslocamento é evitar o comando de organizações criminosas que, de acordo com o secretário, vem de dentro do presídio. “O reflexo disso (transferência) estará nas ruas em alguns meses”, afirma.
Segundo o Coronel Urzêda, o presídio de Planaltina segue a sistemática dos presídios federais. “Possui raio-x, detector de metal, não possui energia dentro da celas e é cercado por uma muralha de sete metros de altura”, relata.
A operação ainda está em andamento e por isso a lista com os nomes dos transportados não será divulgada, por enquanto. Tampouco os familiares foram avisados da transferência. “Quanto menos pessoas souberem melhor, assim não vaza informação”, defende Urzêda.