Cerca de 63% das nascentes do Alto Meia Ponte não estão preservadas, diz MP-GO
Estudo realizado pelo órgão mostra ainda que degradação aumento em 31,5% das Áreas de Proteção Permanente do rio
Um levantamento feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) mostrou que 63,3% das nascentes localizadas na região do Alto Meia Ponte não estão preservadas. O estudo, elaborado pelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo – CAOMA, foi feito com base de imagens de satélites e apontam que, nessas nascentes, não são respeitados os 50 metros de vegetação preservada, como determina o Código Florestal com relação às Áreas de Proteção Permanente (APP).
O relatório apontou também que, do total de 871 nascentes da região, 263 (30,2%) estão totalmente desmatadas, enquanto 291 (33,4%) estão parcialmente desmatadas. O estudo comparou também a situação entre os anos de 2017 e 2018 e apontou que 275 nascentes (31,5%) ficaram mais degradadas no período.
Todas elas estão localizadas em 13 dos 14 municípios da região, acima do local de captação da Saneago. São eles: Anápolis, Brazabrantes, Campo Limpo de Goiás, Damolândia, Goianápolis, Goiânia, Inhumas, Itauçu, Nerópolis, Nova Veneza, Ouro Verde de Goiás, Santo Antônio de Goiás e Terezópolis de Goiás. O único município que não apresentou aumento na degradação foi Goianira.
O estudo foi encaminhado para promotores de 11 comarcas para que as devidas providências sejam tomadas. Além disso, aponta a situação específica de cada um dos municípios que integram a região do Alto Meia Ponte. O levantamento completo pode ser acessado aqui.
Recuperação das nascentes
Procurada pelo Mais Goiás, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) encaminhou um link com informações do Programa Pró-Águas Rio Meia Ponte. De acordo com as informações repassadas, a iniciativa teve início no mês de setembro e o primeiro objetivo é recuperar 3 mil hectares da região do alto Meia Ponte.
A Semad, informou, ainda que o programa contempla ações de curto, médio e longo prazo e que os efeitos dessas ações “já poderão ser sentidos no ano que vem, de acordo com as projeções”.