Chapa que concorre às eleições suplementares de Mimoso de Goiás pode ser impugnada
Prefeito foi afastado em maio por prática de caixa 2. Candidatos que podem ser impugnados são esposa dele e irmão do prefeito interino
O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou, nesta quarta-feira (31), a impugnação de uma das chapas que disputavam as eleições municipais de Mimoso de Goiás, a 249 km da capital. De acordo com o órgão, a candidata Rosangela Alves dos Reis e o vice, Aniel Pereira de Souza, são inelegíveis e não podem participar do pleito, marcado para 1º de setembro deste ano .
O motivo é o fato de Rosângela ser esposa de Genivaldo Gonçalves dos Reis, afastado do cargo em maio deste ano. O candidato a vice, por sua vez, é irmão do prefeito interino da cidade, Moisés Pereira de Souza.
De acordo com a promotora eleitoral Paula Moraes de Matos, a Constituição Federal impede a candidatura de cônjuge ou parente sem afastamento prévio do titular por, ao menos, seis meses. Por isso, nem Rosângela, cujo marido foi afastado em maio, nem Aniel, cujo irmão ocupa o Paço Municipal, estão aptos a se candidatar.
Entenda o caso
Genivaldo, vencedor das eleições municipais de 2016, foi condenado em 2017 por captação e gasto ilícito de recursos e abuso de poder econômico. No processo constava uma série de ligações de captação de recursos para a campanha de forma ilegal (caixa 2) com empresários da região.
O ex-prefeito recorreu da decisão em todas as instâncias até que o caso fosse ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Lá ele foi condenado de forma unânime e definitiva. O órgão determinou, também, a realização de eleições suplementares e conduziu o então presidente da Câmara de Vereadores, Moisés, à Prefeitura.