Chuva invade casa de idosa no Bairro Feliz e arrasta movéis
Idosa de 78 anos mora na mesma residência há 21 anos e afirma que após a construção da Leste-Oeste, a chuva invadir casas se tornou frequente
A forte chuva que caiu em Goiânia na quarta-feira (20) invadiu a casa de uma idosa de 78 anos no Bairro Feliz. Maria Lopez, que mora mesma residência há 21 anos, viu os móveis e o filho serem levados pela enxurrada.
A casa da idosa fica na rua das Mangueiras e é vizinha de outras que também foram invadidas pela tempestade que caiu na região. A chuva durou aproximadamente duas horas. Além de danificar os móveis, a água comprometeu o alicerce de uma construção iniciada no lote.
Idosa viu a chuva arrastar um dos seus filhos, no Bairro Feliz
A mulher diz que ficou apavorada ao ver um dos filhos ser levado pela enxurrada ao tentar pegar uma bicicleta. O rapaz conseguiu se salvar e sofreu apenas arranhões superficiais. “Foi uma tragédia terrível. Perdemos muitas coisas. Derrubou muro, derrubou a construção e meu filho foi levado até conseguir parar no muro de um vizinho, no final da rua. Foi Deus que protegeu ele. Fiquei apavorada, dentro de casa, vendo a água entrar e chegar ao joelho. Ficamos sem energia até 2 horas da manhã, com tudo molhado. Não dormi quase nada”, relata Maria Lopez.
Segundo a idosa, esse tipo de problema ficou ainda frequente após a construção da avenida Leste-Oeste. “Agora, pelo menos duas vezes por ano, a água invade as casas. Mas desta vez foi pior. E não só a minha [casa foi danificada]. Os vizinhos todos tiveram prejuízos. Depois da Leste-Oeste, virou uma porcaria pra nós e os responsáveis ou irresponsáveis precisam tomar as providências. A gente não pode ficar assim”.
Fausto Sarmento, secretário da Seinfra (Secretaria Municipal de Infraestrutura), afirma existir uma licitação para construção de bocas de lobo na região. “Desde a avenida Anhanguera, a água desce com uma velocidade alta quando chove. E as ruas praticamente não têm bocas de lobo. Agora não podemos iniciar a obra porque é um período de chuva e teremos que licitar, mas vamos tomar medidas paliativas para minimizar os problemas e dar conforto para a população do bairro”, diz o secretário.