Chuvas causam interdição de avenida e evacuação do centro da cidade de Catalão
O coordenador da Defesa Civil em Catalão e secretário de Obras do Município, Leonardo Martins,…
O coordenador da Defesa Civil em Catalão e secretário de Obras do Município, Leonardo Martins, anunciaran em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (29) que a Avenida Raulina Fonseca Paschoal, localizada no centro da cidade, foi totalmente interditada. A medida preventiva foi tomada por causa fortes chuvas que atingiram a cidade e causaram o rompimento de represas.
O comitê de ações, criado para tomar providências com relação aos estragos causados pela chuva, decidiu também pela evacuação de pessoas das residências, comércios e escolas na mesma região, mas ainda não há um número de pessoas evacuadas. O receio é de que novos rompimentos podem levar mais água para a área. Com as medidas, a travessia entre as regiões norte e sul da cidade deverá ser feita por outros três trechos específicos: Avenida Ricardo Paranhos, Avenida Margon ou BR-050.
“Pedimos que a população deixe de passar no centro da cidade”, disse o secretário. “Como medida preventiva, suspendemos o transito da Avenida Raulina Fonseca Paschoal. O transporte coletivo também foi suspenso. Vamos solicitar o fechamento do comércio. A situação é grave. Felizmente, até o momento só tivemos danos materiais”, concluiu.
Chuvas bateram recorde
Na coletiva, o comitê informou que a cidade de Catalão recebeu, na madrugada desta quarta-feira (29), a chuva esperada para todo o mês de janeiro. O volume, 150 mm, foi o maior registrado desde o início das medições. O segundo maior, de 132 mm, aconteceu em 1972.
Conforme noticiado pelo Mais Goiás, o inesperado volume das águas causou o rompimento da represa Paquetá, em via pública, e de duas represas particulares. Em virtude disso, diversos comércios e edificações foram danificados. Outras duas barragens com iminência de se rompimento estão sendo monitoradas .
Inicialmente, o Mais Goiás noticiou que a Prefeitura havia decretado estado de calamidade. Entretanto, durante a coletiva, Leonardo afirmou que trata-se de uma situação de emergência no município
O secretário ressaltou, também, que ainda não é possível fazer um levantamento preciso dos danos causados nem realizar os reparos e a limpeza de forma adequada por causa do risco de permanecer na área. “Não podemos deixar os funcionários da Prefeitura no local. Não podemos colocar a vida deles em risco”.
Medidas preventivas
O rompimento das três represas levou outras três a ficarem sobrecarregas: a do Condomínio Campo Belo, a da “Bica” e do Clube do Povo. Dessas, a primeira é a que mais causa preocupação ao comitê de ações.
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Catalão informou que está sendo feita a drenagem da represa do Condomínio Campo Belo. Além disso, o barramento também está sendo reforçado.
A pasta comunicou que o trabalho está bastante adiantado e que a represa fica em região afastada da cidade. Por fim, a Secretaria ressaltou não é possível dizer ainda quando a situação será normalizada.
O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Warley Martins, disse em entrevista ao Mais Goiás que a corporação conta com 40 militares a disposição da cidade para atender a qualquer emergência, incluindo uma equipe de mergulhadores. E afirmou que houveram casos pontuais de deslocamento de pessoas devido aos pontos de alagamento na cidade.
O militar explicou, ainda, que a cidade permanece em alerta e que não há previsão de interdição de via. “Ainda não há previsão [de retorno à normalidade]. As represas estão abaixando de forma lenta. Além disso, voltou a chover na cidade. Não deve haver outras interdições de regiões por causa do relevo da cidade. A avenida fica às margens do Córrego Pirapitinga, numa espécie de vale. Por isso, toda a água escoa para aquela região”, concluiu.