100mm de precipitação por dia

Chuvas provocam emissão de alertas de segurança a proprietários de barragens em Goiás

Semad chama atenção para faixa de concentração de chuvas que percorrerá vários estados até domingo (9/2)

Em janeiro, três barragens se romperam em Catalão em decorrência das chuvas., Proprietários não tinham documentação necessária (Foto: Divulgação/Governo)

Chuvas previstas para este final de semana em Goiás fizeram com que a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), da administração estadual, emitisse novo alerta de segurança a proprietários de barragens. Isso porque uma concentração de chuvas em uma faixa que passa pelos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Goiás e Mato Grosso também deixou departamentos nacionais de monitoramento em estado de atenção. Previsão é de que, até domingo (9/2) chova 100 milímetros (mm) por dia nas terras goianas.

Nesse sentido, alertas foram emitidos pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em conjunto com o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Serviço Geológico Brasileiro (CPRM).

Quanto a Goiás, uma quantia de 300 mm de chuva foi prevista para cair entre os dia 3/2 e 10/2. De acordo com boletim do Inmet, o estado pode ter, neste final de semana – sexta (7/2) até domingo (9/2) – chuvas de 60mm/h ou acima de 100mm/dia. “[Há] grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas, em cidades com tais áreas de risco”, notificou o instituto.

Na madrugada de sexta-feira (7) uma represa transbordou em Goianésia. Avaliação dos bombeiros é de que há risco de rompimento. No mesmo dia, em Catalão, onde barragens se romperam recentemente, provocando inclusive interdição de ruas e evacuação do centro da cidade, nova cheia de represa assustou os moradores.

Para o superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da pasta, Marcos Antônio de Souza Menegaz, volumes de 100mm de precipitação exigem atenção redobrada de proprietários de barramentos. “O que nós recomendamos é uma vistoria da estrutura e que o nível da água seja reduzido, já pensando em um possível cenário de cheia, para que a barragem receba e escoe o volume sem maiores pressões”.

A Semad ainda recomenda que proprietários estejam sempre de prontidão para comunicar possíveis emergências às Defesas Civis municipais das regiões onde se encontram. Eles também devem estar aptos a constituir rede de comunicação com vizinhos e comunidades residenciais em um raio de 10 quilômetros da represa.

Veja uma lista com mais recomendações:

– Verificar o nível do reservatório, que não pode estar totalmente cheio nesse período.

– Verificar existência de trincas ou rachaduras e infiltrações nas ombreiras e taludes. Caso existam, deve-se reduzir ainda mais o volume acumulado no reservatório.

– Deixar descargas de fundo escoando livremente nos próximos dias para que a barragem receba a água da chuva sem problemas.

– Desobstruir os extravasores, quando houver: retirar lixo, vegetação ou qualquer material presente para que haja fluxo.

– Jamais remover árvores ou vegetação nos taludes ou ombreiras para não causar instabilidade na estrutura. Deixar para realizar tal procedimento durante a seca.