CORONAVÍRUS

Cinco escolas particulares de Goiânia têm casos confirmados de Covid-19

Informação foi confirmada 14 dias depois da publicação do decreto da prefeitura que autorizou o retorno presencial.

MP-GO pede suspensão de lei que proíbe aulas sobre sexualidade em Valparaíso- (Foto: Reprodução)

Cinco escolas da rede privada de ensino registram casos de Covid-19 em Goiânia. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (SEPE) nesta quarta-feira (25), 14 dias depois da publicação do decreto da prefeitura que autorizou o retorno das aulas presenciais.

De acordo com o presidente do sindicato patronal e presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Roberto de Castro, os casos não foram confirmados em professores ou alunos, mas em auxiliares administrativos. Por esse motivo, as aulas presenciais não foram suspensas.

“As escolas seguem o protocolo. Qualquer caso deve ser avisado à Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde. O protocolo diz que, caso professores ou alunos sejam infectados, toda a turma deve ficar de quarentena, o que não foi o caso”.

Flávio ressaltou também que apenas um dos cinco estabelecimentos suspendeu as aulas presenciais. No local foram confirmados quatro casos de infecção por coronavírus. “As aulas presenciais foram interrompidas por uma precaução da instituição, não pelo protocolo”.

“Uma absoluta irresponsabilidade”

Em entrevista ao Mais Goiás, o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro-GO), Railton Souza, disse que teve conhecimento dos casos confirmados e voltou a criticar o retorno das aulas presenciais. “A decisão de voltar as aulas presenciais nas últimas semanas do ano letivo, com amparo de decreto municipal ou decisão do COE foi uma absoluta irresponsabilidade. Essa volta acontece exatamente quando a segunda onda da contaminação nos alcança. O único objetivo dessa volta precipitada é atender os apelos dos interesses econômicos privados”.

Railton ressaltou também que o sindicato chegou a entrar na justiça para impedir a volta e que o ideal é retomar o ensino presencial apenas com a chegada da vacina.

“Para o Sinpro Goiás a volta às aulas presenciais com segurança só pode acontecer com vacinação geral. E essa vacinação só acontecerá se a sociedade pressionar o governo federal em regime de colaboração com os governos estaduais e municipais”, concluiu.