Cirillo Alves, que morreu ao 74 anos, construiu grande grupo de comunicação em Goiás
"Verdadeiro, sincero e íntegro", descreva amigo pessoal
“Nós da TV Serra Dourada que tivemos a oportunidade de conviver com o seu Cirillo sabemos o quanto, num bate-papo, ele conseguia demonstrar amor à vida e muita generosidade, deixando boas lembranças”. Foi com essas palavras que a jornalista e apresentadora do Jornal do Meio Dia, Luciana Finholdt resumiu o perfil de Cirillo Marcos Alves, que faleceu no final da tarde desta quinta-feira (4), em Goiânia, aos 74 anos. Ele foi enterrado no começo da tarde desta sexta-feira (5), em São Paulo.
Cirillo Alves era empresário, economista e advogado e deixou um significativo legado na comunicação goiana. Solteiro e pai de dois filhos, Cirillo era uma figura central na Serra Dourada Comunicações desde janeiro de 2000, ocupando o cargo de diretor-presidente. Sob sua liderança, o conglomerado cresceu e se consolidou, reunindo a TV Serra Dourada, a Rádio 99,5FM, a Rede Serra Dourada de Rádios e o Teatro João Alves de Queiroz.
De acordo com informações da TV Serra Dourada, Cirillo era filho de João Alves de Queiroz, fundador da Arisco Alimentos em 1969, empresa que se tornou líder de mercado no segmento de temperos, molhos, caldos e condimentos. Após a venda da Arisco em 2002, Cirillo e o grupo familiar redirecionaram seus investimentos para outros setores, incluindo a produção de medicamentos, diversificando e expandindo suas atividades empresariais.
A notícia de sua morte repercutiu amplamente, gerando manifestações de pesar de diversas autoridades e figuras públicas. O governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o vice-governador Daniel Vilela (MDB), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade) e a advogada Ana Paula Rezende (MDB), filha do ex-prefeito Iris Rezende, expressaram suas condolências à família e destacaram a importância de Cirilo para o desenvolvimento do setor de comunicação no estado.
O deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), amigo pessoal de Cirillo, também falou da sua aproximação com o empresário. “Brincávamos que éramos irmãos. Tínhamos até o mesmo sobrenome”, disse à TV Serra Dourada. “Ele era uma pessoa que quando gostava, gostava de verdade. Quando não tinha simpatia também, ele não tinha quem fazia mudar. Era muito verdadeiro, sincero e íntegro nas coisas que fazia. Sempre me dei bem com o Cirillo. É uma perda lamentável e irreparável. Infelizmente, essa é a nossa única certeza: a de que um dia Deus nos chamará”, concluiu.