Cirurgião alerta para alimentação correta para evitar queda de cabelo
Dietas restritivas ou o consumo excessivo de alimentos podem levar a queda de cabelo, segundo…
Dietas restritivas ou o consumo excessivo de alimentos podem levar a queda de cabelo, segundo o cirurgião plástico Cleber Stuque, membro da Associação Brasileira de Cirurgia e Restauração Capilar (ABCRC). Este problema, vale destacar, atinge 50% dos brasileiros com mais de 40 anos, segundo aponta a Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar.
“No que diz respeito aos reflexos da alimentação na saúde capilar, além da queda dos fios, a falta de vitaminas pode ocasionar também o enfraquecimento do cabelo, o que consequentemente influencia até a qualidade estética. Portanto, o ideal é balancear a alimentação para prover o organismo da mais variada gama de vitaminas, o que é bom não só para a saúde capilar, mas para o fortalecimento de todo o nosso corpo”, indica Cleber Stuque.
Destaca-se, a saúde capilar é favorecida diretamente pelas vitaminas contidas nos alimentos, como as vitaminas A, C e E. A primeira, por exemplo, está no leite integral – que logo fica de fora em dietas mais rigorosas.
No caso da C, esta é encontrada na salsa. A vitamina E, por sua vez, está no azeite – que tem sido deixado de lado por questões econômicas.
“A literatura científica registra muitos casos comprovados de queda dos cabelos provocada pela carência, no organismo, de vitaminas encontradas nos alimentos. Portanto, é um problema que tende a se manifestar, no futuro próximo, em pessoas que hoje desconsideram a importância da alimentação balanceada para a saúde capilar”, adverte o cirurgião.
Bariátrica
O problema também pode acometer aqueles que passaram pela redução de estômago (cirurgia bariátrica). Segundo estudos científicos, 30% a 50% dos pacientes bariatricados enfrentam essa dificuldade após o procedimento.
Segundo Cleber, nestes casos, o ideal é buscar assistência de especialistas médicos. Ele conclui alertando que, para poupar a própria saúde, o paciente nunca deve se arriscar na automedicação.
Procura por informação
Vale lembrar, a queda de cabelo está entre os assuntos mais populares, de acordo com a ferramenta Google Trends. As expressões “queda de cabelo” e “calvície” atingiram picos de popularidade durante o mês de julho, considerando as buscas feitas por internautas no estado de Goiás.
Cleber Stuque dá uma explicação. Segundo ele, a popularidade demonstrada pelos dados do Google Trends reforça uma tendência observada nos consultórios nesse momento de pandemia do novo coronavírus: o interesse maior dos pacientes por tratamentos relacionados a perda de cabelo.
“As pessoas estão mais atentas à saúde, então os que perderam os fios por fatores relacionados ao estresse se viram obrigados a não deixar a ajuda especializada para depois”, explica. Para ele, contudo, a queda dos cabelos é apenas o reflexo de uma cadeia de problemas oriundas do estresse.
“A pessoa fica sem comer e perde nutrientes essenciais para os fios. Ou fica ansiosa, desenvolve tricotilomania e começa a arrancar o cabelo. Também tem os que sofrem com o aumento do cortisol, que causa vasoconstrição. Esse fator diminui o aporte de sangue, oxigênio e nutrientes ao bulbo e provoca a perda dos fios”, expõe.