IMPACTOS

Cirurgião diz que queda de cabelo tem relação com estresse na pandemia

Segundo a ferramenta Google Trends, as pesquisas por “queda de cabelo” e “calvície” cresceram durante…

Segundo a ferramenta Google Trends, as pesquisas por “queda de cabelo” e “calvície” cresceram durante o mês de julho, em Goiás. No País, considerando apenas o termo “calvície”, a alta foi registrada entre 30 de agosto e 5 de setembro. Para o cirurgião plástico Cleber Stuque, da Associação Brasileira de Cirurgia e Restauração Capilar (ABCRC), a situação está relacionada ao estresse, o que cresceu, também, durante a pandemia do novo coronavírus.

“As pessoas estão mais atentas à saúde, então os que perderam os fios por fatores relacionados ao estresse se viram obrigados a não deixar a ajuda especializada para depois”, revelou e citou uma cadeia de problemas oriundas do estresse: “A pessoa fica sem comer e perde nutrientes essenciais para os fios. Ou fica ansiosa, desenvolve tricotilomania e começa a arrancar o cabelo. Também tem os que sofrem com o aumento do cortisol, que causa vasoconstrição. Esse fator diminui o aporte de sangue, oxigênio e nutrientes ao bulbo e provoca a perda dos fios.”

Ele explica que o eflúvio telógeno agudo é uma das condições de perda de cabelo mais comuns neste período. Aqui, a queda de fios aumenta por causa de eventos traumáticos, estresse, doenças, cirurgias ou dietas restritivas.

“A perda diária comum varia entre 100 e 120 fios. Já em indivíduos que passam pelas situações mais desgastantes, o número de fios perdidos pode passar de 300. Na maioria dos casos, a perda acomete a parte superior da cabeça”, detalha.

Apesar disso, ele reforça que há tratamento para o problema. Ele afirma que naturalmente a situação pode ser controlada. Contudo, se isso não ocorrer, é importante investigar e identificar o agente causador e combatê-lo.

“O cabelo tem uma importância psicossocial e está diretamente relacionado com a autoestima. Por isso, somente um especialista pode recomendar o melhor tratamento. Vale ressaltar que a automedicação pode piorar ainda mais casos que poderiam ser tratados com sucesso. Por isso, ajuda qualificada é o primeiro passo ao cuidar da saúde capilar”, finaliza.