COVID-19

Com apenas 21 mil doses, terceiro lote de vacinas da Pfizer chega a Goiás

Imunizantes serão usados para primeira dose apenas em Goiânia, Aparecida, Anápolis, Trindade e Rio Verde

Chegada do 3º lote da vacina da Pfizer em Goiânia (Foto: André Saddi - Governo de Goiás / Divulgação)

Alvo de contestação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por negativas do governo federal em adquirir os imunizantes no ano passado, o terceiro lote de vacinas da Pfizer chegou a Goiás na madrugada desta quarta-feira (19). São apenas 21 mil doses, que serão utilizadas para a primeira dose em cinco municípios.

As unidades serão distribuídas apenas em Goiânia, Aparecida, Anápolis, Trindade e Rio Verde. Conforme orientação do Ministério da Saúde, essa limitação se dá em decorrência da necessidade de equipamentos próprios para armazenamento dos imunizantes, que necessitam de temperaturas entre -25ºC e -15ºC por até duas semanas.

As vacinas serão utilizadas para os grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização: pessoas com comorbidades e com deficiência permanente inscritas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC). Grávidas e puérperas estão neste grupo.

Investigação

As tratativas do governo federal para compra do imunizante são um dos principais alvos da CPI da Covid-19 no Senado. Em depoimento à Comissão, o ex-chanceler Ernesto Araújo disse, na terça-feira (18)m que tinha conhecimento da carta enviada ao governo brasileiro em setembro do ano passado pelo laboratório. Na missiva, o CEO da empresa, Albert Bourla, alertava que havia uma proposta de venda de vacinas ao Ministério da Saúde, sem resposta por parte do Brasil.

Na semana passada, o ex-secretário de Comunicação do governo federal Fabio Wajngarten relatou à CPI que ouviu do presidente da empresa que a intenção era fazer do Brasil uma vitrine da vacinação na América Latina. Havia, inclusive, uma promessa da farmacêutica que se o governo brasileiro se manifestasse a empresa faria esforços para diminuir o tempo de entrega do imunizante. No entanto, o governo ficou mais de dois meses sem dar resposta, o que gerou atrasos nas negociações para aquisição das vacinas.