Com baixo risco de morte, Mateus Ferreira tem melhora clínica, mas continua em estado grave
O estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, está internado com sedação mínima na…
O estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, está internado com sedação mínima na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, ele evolui com melhora clínica e tem baixo risco de morte, mas continua em estado grave.
O hospital ressalta que não há programação para sessão de hemodiálise para esta quarta-feira (3). Os resultados dos últimos exames de sangue realizados estão normais.
Até o momento, não há previsão para novos procedimentos cirúrgicos. No dia 29 de abril, ele foi operado pelas equipes da Neurocirurgia e Maxilofacial do Hugo.
Agressão
Mateus, que é estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG), ficou ferido após receber no rosto um golpe de cassetete desferido por um policial. Com o impacto, o objeto chegou a quebrar. No hospital, foi diagnosticado com traumatismo cranioencefálico (TCE) e múltiplas fraturas.
A confusão aconteceu quando os manifestantes estavam concentrados na Praça do Bandeirante, no cruzamento entre as avenidas Anhanguera e Goiás. Em determinado momento da manifestação, um grupo arrancou bandeiras e cartazes de movimentos sociais que estavam em um carro de som e amontoaram para fazer uma fogueira.
Os PMs chegaram ao local e dispersaram o grupo, que em seguida quebrou vidros de uma agência bancária e foi mais uma vez repreendido. No meio da ação, Mateus foi ferido. Não há indícios de que ele fizesse parte do grupo que participou dos confrontos.
De acordo com a assessoria da Polícia Militar, foi instaurado um procedimento para apurar o caso. O capitão Augusto Sampaio, identificado como autor da agressão, está afastado das funções nas ruas e permanecerá exercendo trabalhos administrativos enquanto durar o inquérito, que tem o prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 15.