CARNAVAL

Com bloco “Nem Vem”, Tribunal de Justiça de Goiás faz alerta contra assédio a mulheres

Segundo levantamento do Tribunal de Justiça de Goiás, o estado possui 322 casos de feminicídio e 122.302 mil ações de violência doméstica

Abadá do Bloco Nem Vem (Foto: Divulgação - TJGO)

Como parte de ações do carnaval, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás promove, neste sábado (11), uma ação preventiva para chamar a atenção do folião goianiense contra assédio e violência contra as mulheres. Trata-se do bloco carnavalesco Nem Vem – A Penha Vai Valer, que vai circular por avenidas e bares movimentados da cidade, para orientar o público sobre como agir nesses casos.

O bloco tem até itinerário e abadá. O bloco Nem Vem vai sair do Bar Cateretê, na Avenida T-2, às 11 horas, percorrer as ruas T- 53, T-35, T-55, T-3, onde o percurso será encerrado ao meio dia, na Cerrado Cervejaria.

Serão cerca de 120 participantes com a impressão de um QR Code com todos os contatos emergenciais e de apoio à mulher.

Adesivos

Além disso, os integrantes do bloco distribuirão adesivos para os frequentadores dos bares, que poderão levar esses telefones úteis colados ao corpo para não perder na folia.

Acompanhado pela Escola de Samba Beija Flor de Goiânia, o bloco Nem Vem terá também um carro de som, que será comandado pela cantora Mara Cristina, nome conhecido do público que gosta de samba em Goiânia e também servidora do Tribunal de Justiça de Goiás.

O evento contará com suporte de segurança, bombeiros e médicos. Para participar do bloco, os interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp da Coordenadoria da Mulher (62) 99108-2133. As vagas são limitadas.

O bloco se soma ao tradicional esquenta pré-carnaval de Goiânia. Confira os blocos!

Feminicídios

Segundo levantamento do Tribunal de Justiça de Goiás, o estado possui 322 casos de feminicídio e 122.302 mil ações de violência doméstica e familiar em tramitação. Além de 16.818 pedidos de medidas protetivas em andamento.

“Esse é o mais atual retrato da violência doméstica no Estado de Goiás. Então, toda ação que puder ajudar a proteger esse público é bem-vinda, principalmente em períodos críticos como essas festividades que envolvem muitos dias de folia e bebidas alcoólicas”, afirma a responsável pela Coordenadoria da Mulher, juíza Mariana Queiroz.