Com data base, Caiado abre caminho para recomposição salarial de servidores
Caiado afirma que, com dívidas renegociadas, ano a ano Goiás terá condições conceder novos reajustes e recompor perdas
Com o pagamento da data base para todos os servidores do Estado, algo que não acontecia desde 2016 em Goiás, o governador Ronaldo Caiado abre caminho para a construção da completa recomposição salarial dos servidores do estado. Em entrevista coletiva, o governador afirmou que agora, com as dívidas renegociadas, ano a ano Goiás terá condições conceder novos reajustes e recompor as perdas.
“O mais importante nesse processo foi a abertura de um canal de diálogo com os sindicatos, de forma transparente, onde todos os dados financeiros do estado foram colocados à mesa”, afirmou. “Estabelecemos um modelo, que o estado deverá seguir nos próximos anos”. A correção de 10,16% cobriu todas as perdas inflacionárias do ano passado, período que a inflação foi a maior dos últimos 15 anos.
Em função da eleição, que ocorrerá este ano, Caiado evitou falar de proposta para o ano que vem, mas disse que, sendo reeleito, o estado continuará honrando o compromisso com os servidores. Caiado anunciou reajuste de 10,16% a todos os servidores, índice maior que outros estados e do que o oferecido, por exemplo, pelas prefeituras de Goiânia e Aparecida.
Há duas semanas, o governador havia anunciado ainda que Goiás irá pagar o novo piso salarial aos professores. “Nenhum professor da rede estadual vai receber menos do que o piso nacional da categoria”, assegurou. O novo valor do piso para 2022 será de R$ 3.845,63. Ao todo, 26.295 mil professores, sendo 16.278 da ativa e 10.027 aposentados, terão salários no valor do novo piso salarial profissional nacional.
Nesta gestão, o Governo de Goiás já tinha pago outras duas recomposições. No primeiro, professores efetivos P1 e P2 do quadro permanente e professores assistentes do quadro transitório tiveram reajuste de salários de 12,84%. Os docentes em contrato temporários tiveram seus salários reajustados em 64,61%, um aumento histórico.
Outra recomposição contemplou professores P1, P2, do quadro transitório e em contratos temporários com um aumento de 4,52%. Os docentes P3 e P4 e os servidores administrativos efetivos e em contrato temporário tiveram reajuste salarial de 7,20%, a partir de outubro de 2021.