Com fracasso no leilão de ônibus elétricos, Governo de Goiás estuda alternativas para Eixo Anhanguera
Estado desistiu de alugar veículos e agora faz novos estudos para renovação da frota
Após quase dois anos na tentativa de emplacar a renovação da frota de veículos do Eixo Anhanguera por meio de um leilão que alugaria ônibus elétricos, o Governo de Goiás decidiu jogar a toalha e agora estuda alternativas para substituir os carros que operam na via exclusiva e extensões para Senador Canedo, Goianira e Trindade.
No meio do caminho, o Governo de Goiás e a Metrobus viram questionamentos e pedidos de adiamentos feitos pelo Ministério Público de Goiás e pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás, respectivamente. Por fim, o pregão, que finalmente ocorreu no final de março, terminou em deserto, sem que houvesse uma proposta.
A expectativa do Governo, até então, era que, pelo menos, oito empresas participassem. Foi um banho gelado nos planos do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) que via no pregão a solução para a renovação da frota do Eixo Anhanguera, que opera com veículos fabricados em 2011 e 2014.
Quase dez anos se passaram desde a última renovação e a Metrobus vinha operando com apenas 86 veículos e se viu obrigada a firmar uma parceria com outras empresas operadoras para conseguir atender aos passageiros da Região Metropolitana em um regime emergencial até que conseguisse, enfim, renovar sua frota.
O que fez o pregão fracassar? “O problema veio a partir do próprio mercado a partir do momento em que o leilão terminou deserto. A argumentação que nos apresentaram foi a incerteza econômica, não só nacional, mas diante de uma crise global, um investimento de 1 bilhão e meio por dezesseis anos e o valor pago seria muito baixo para o risco. Chegamos a fazer algumas simulações dobrando o valor e ninguém teve interesse em participar devido a crise global. É um modelo que não para de pé “, revelou uma fonte ao Mais Goiás.
A desistência do pregão eletrônico para aluguel de veículos não significa, no entanto, que o Governo abriu mão da solução dos ônibus elétricos. A Metrobus agora vai iniciar em parceria com a Secretaria-Geral da Governadoria e a Goiás Parcerias outros métodos para aquisição dos veículos.
Os levantamentos iniciais estão apontando dois caminhos: a compra da nova frota feita diretamente pela Metrobus ou uma espécie de Parceria-Público Privada, onde uma empresa faria a aquisição dos veículos e a estatal entraria com as garantias financeiras necessárias para a aquisição.
Inicialmente, estavam previstos o aluguel de 114 veículos elétricos. Com a mudança dos planos do Governo de Goiás, uma nova modelagem será feita pela Metrobus.