COVID-19

Com mais de 600 casos, Goiás entre no nível 3 do Plano de Contingenciamento

Na avaliação da Secretaria de Saúde, índice de ocupação de UTIs segue dentro do padrão normal

Superintendente de vigilância em saúde, Flúvia Amorim (Foto: Thaynara Cunha / Mais Goiás)

Goiás atingiu, nesta terça-feira (27), a marca de 661 casos confirmados de Covid-19 e chegou ao nível 3 do Plano de Contingenciamento feito para ajudar no combate do coronavírus. Nessa altura, a mudança mais radical nesse patamar é a suspensão de cirurgias, o que está em vigor antes mesmo de Goiás atingir os 100 casos.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Flúvia Amorim, destaca que, apesar do alto numero, Goiás tem uma aceleração menor no aumento dos casos confirmados em relação aos outros estados. Esse resultado, segundo ela, está aquém do esperado para esse período. Entretanto, isso não significa que a preocupação seja menor.

Além disso, Flúvia ressalta que o grande número de casos pode ser reflexo do último decreto sobre flexibilizado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), no último dia 19 de abril. “É difícil para uma doença como essa pontuar uma causa específica, mas [a flexibilização] pode estar, sim, interferindo no caso, principalmente nos últimos seis dias. Apesar disso, são dez dias para sentir o impacto da mobilidade no avanço da doença”,  explica.

Flúvia destaca que os números de Unidade de Terapia Intesiva (UTI) ainda estão dentro do normal para a atual situação da epidemia em Goiás. De acordo com a SES, somente o Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp), dos 210 leitos, há 37 ocupados. Destes, são 15 semicríticos e 22 críticos. Ou seja, a taxa de ocupação da unidade é de 17,61%, segundo dados colhidos na manhã desta segunda-feira (27).

Já em todo Estado, são 292 leitos de UTI adulta e leitos críticos que estão sob responsabilidade da gestão estadual dividido em dez hospitais. Destes, 73 estavam disponíveis. Sobre as UTIs pediátricas, 11 das 44 estão disponíveis em quatro hospitais estaduais. Isso foram os que estão sendo criados com a instalação dos demais hospitais por outras cidades.

“Por isso é importante que as pessoas tenham responsabilidade sobre a questão da higiene e utilização correta de máscara. Além disso, é importante seguir as recomendações que estão no decreto para que a doença não se espalhe e a gente possa passar por esse momento”, destaca Flúvia.

Ipasgo

Apesar de ser uma das medidas restritas nesse momento, o Ipasgo anunciou, mais cedo, que retornará com as cirurgias eletivas. Mas que tem um regime especial para isso acontecer.  É preciso seguir o protocolo de agendamento por horário e evitar aglomerações como medida de contenção da disseminação do coronavírus. A utilização das máscara é obrigatória para profissionais, usuários, pacientes. Quem não fizer a utilização, não será atendido.

“Algumas situações que precisarão de cirurgias serão avaliadas pelos  profissionais e ver se obedecem os critérios. Porque temos que prestar atenção que, com o passar do tempo, uma cirurgia eletiva pode se transformar em urgência. E estamos evitando que isso venha acontecer em plena pandemia e sobrecarregue o sistema de Saúde”, finaliza