Começa reunião de conciliação no TST entre Petrobras e sindicatos
Antes de as negociações começarem, o ministro Ives Gandr disse que tentará sair com um acordo entre as partes até às 12 horas desta sexta-feira
Começou na manhã desta sexta-feira, 21, no Tribunal Superior do Trabalho (TST) reunião de conciliação entre a Petrobras e representantes de sindicatos sobre a greve de petroleiros, mediada pelo ministro Ives Gandra. Antes de as negociações começarem, o ministro disse que tentará sair com um acordo entre as partes até às 12 horas desta sexta-feira. “Vamos tentar resolver ainda de manhã, até meio dia. Se conseguirmos, fechamos um acordo. Fechado acordo, ele entra nos autos. Se não, interrompemos 12h, voltamos 13h30, e ficamos até a hora que conseguirmos terminar”, explicou.
A greve, que durou 20 dias, foi suspensa para uma nova rodada de negociação entre a estatal e os funcionários. Os dois lados divergem, principalmente, sobre a demissão de pelo menos 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná.
Os primeiros desligamentos na Ansa iriam acontecer no dia 14 de fevereiro. Mas foram suspensos até o início de março por determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), para que também o sindicato local retome a conversa com a direção da empresa.
Ao contrário dos sindicatos, que falam em 1 mil desempregados, a estatal reconhece responsabilidade pelos 396 contratados diretos. “Não existe essa história de 1 mil empregados. O restante é dos fornecedores”, disse o presidente da estatal, Castello Branco em coletiva de imprensa na quinta-feira, 20.
A Petrobras atribui o fechamento da fábrica de fertilizantes aos sucessivos prejuízos que a Ansa estaria acumulando ao longo de anos. No último dia 17, Gandra considerou ilegal e abusiva a greve dos petroleiros e liberou a Petrobras a aplicar “eventuais sanções disciplinares”.
A decisão atendeu pedido da direção da estatal, com o argumento de que os grevistas não estão cumprindo determinação judicial anterior de que mantenham um contingente mínimo de 90% nas unidades operacionais.