Comerciantes criticam ação da prefeitura para retirada de lonas na Feira do Sol
Neste domingo (26), fiscais da Seplanh estiveram na feira, companhados de guardas civis metropolitanos
Comerciantes da Feira do Sol, no Setor Oeste, em Goiânia, criticam a ação da prefeitura para a retirada de lonas do local. Neste domingo (26), fiscais da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação de Goiânia (Seplanh) estiveram na feira, acompanhados de guardas civis metropolitanos, exigindo que fossem feiras as alterações.
Uma feirante, que não quis se identificar, reclama que o rigor na fiscalização da Feira do Sol não é adotado em outros pontos semelhantes. “Eles falam que as lonas têm que ser padronizadas, iguais. Eles teriam que proibir lonas em todas as feiras, não só a do Sol”, diz.
Ela afirma não entender a motivação para a realização das fiscalizações neste momento, já que, segundo ela, lonas são estendidas no local há aproximadamente 20 anos, e somente nas últimas semanas houve ações do tipo. No fim de setembro, uma fiscalização semelhante também provocou polêmica na feira. “Desta vez eles foram mais rudes”, afirmou a feirante.
Outro ponto levantado pelos trabalhadores do local é a falta de uma notificação prévia para a remoção das lonas. “Eles teriam que notificar para poder fazer isso, mas o máximo que teve foi um aviso verbal na última fiscalização”, declarou.
Eles pedem que seja feita uma reunião para que o assunto seja discutido.
Ao Mais Goiás, a diretora de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Eloísa Helena Fernandes, afirmou que a fiscalização começou por conta de um feirante que armou na região uma lona de aproximadamente 200 metros, causando transtornos aos transeuntes. “A fiscalização voltou agora para ver se estavam cumprindo as normas e parece que alguns ainda estavam colocando as lonas”, disse.
Eloísa ressalta que a padronização das lonas nas feiras é estipulado pelo código de posturas do município, mas destacou que vai pedir reuniões com fiscais da Seplanh para que haja alguma tolerância. “As lonas ajudam a proteger do sol e da chuva, mas deixar uma de 200 metros é impossível”, pontuou.
O Mais Goiás também tentou contato com um representante da Seplanh para comentar o caso, mas não obteve retorno até o momento da publicação deste texto.