SEGUNDA CASA

Comunidade árabe que vive em Goiânia é tema do Mais Goiás.Doc

Personagens disseram como é viver na Capital

Nágela El Khadi, professora de sociologia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e descendente de libaneses (Foto: Artur Dias)

25 de Março é o Dia da Comunidade Árabe no Brasil. O Mais Goiás.doc dessa semana conversou com libaneses, sírios e descendentes de sírio-libaneses que vivem em Goiânia. Assista ao documentário completo no final da matéria e veja como os imigrantes começaram do zero na terra do pequi.

Os primeiros imigrantes árabes vieram para o Brasil no final do século 19 e no início do século 20. A grande maioria foi para São Paulo, mas Goiânia também se tornou uma segunda casa para a comunidade que saiu do Oriente Médio. Como os imigrantes vem para o Brasil para melhorar a qualidade de vida, na maioria das vezes, eles se tornam comerciantes ou se dedicaram aos estudos.

Nágela El Khadi, professora de sociologia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e descendente de libaneses, ressalta que a comunidade árabe é constituída por 22 países e territórios com uma população de 360 milhões de pessoas abrangendo o Norte de África e a Ásia Ocidental. “Temos uma diversidade de cultura, mas todos falam árabe”, pontua.

Mais Goiás.doc: acolhimento no Brasil

Hanna Mtanios, Cônsul Geral do Líbano em Goiânia, ajuda os emigrantes libaneses nas questões legais, como emissão de passaporte e outros assuntos. Ele conta que os árabes sempre foram muito bem recebidos na Capital goiana e essa recepção calorosa segue até os dias atuais. “Hoje tem libanês que diz que Goiás é sua primeira casa”.

Comunidade árabe de Goiânia
Foto: Artur Dias | Arte: Niame Loiola

Jack Korkis é sírio e dono do restaurante Toshca. Ele revela que chegou ao Brasil há 23 anos, em 1999, e sempre foi muito bem tratado pela população goiana. Segundo ele relatou, o cuidado era tanto que seus clientes ajudam ele com português para que ele não se sentisse constrangido. “Eu agradeço muito ao Brasil pela forma como ele me recebeu”, diz com sorriso no rosto.

Comunidade árabe de Goiânia
Foto: Artur Dias | Arte: Niame Loiola

Elias Hanna, dono do Empório Árabe, conta que veio para o Brasil em 1993 sozinho para buscar melhor qualidade de vida. À época, ele deixou sua família para tentar construir a vida do zero na Capital. “Goiânia me ofereceu uma segunda casa”.

Jamal Yussuf, Consul Geral da Síria em Goiânia, conta que, além da ajuda dos goianos, o povo árabe é muito unido e isso facilita para os recém-chegados no Brasil. “Não é fácil para quem vem. Se não tem um pouco de apoio, fica difícil”.

O Padre da igreja cristã-ortodoxa Antioquina de São Nicolau, Rafael Javier, diz que os brasileiros têm sempre que agradecer por não ter um País em guerra.

Ele diz que recebe árabes de todas as religiões na sua igreja e o local é um lugar de acolhimento e preservação da cultura árabe. Segundo ele, um conselho é sempre dado aos seus discípulos para que, mesmo em um País diferente, eles não percam suas origens: “‘Unidade e diversidade sem perder sua identidade’, essa é a essência”.

Comunidade árabe de Goiânia
Foto: Artur Dias | Arte: Niame Loiola

Assista ao Mais Goiás.doc sobre a comunidade árabe de Goiânia: