Comurg vai contratar empresa para fazer serviços de limpeza e manutenção em Goiânia
Comurg tem sido alvo de críticas devido à baixa qualidade da zeladoria da cidade
Alvo de críticas em razão da qualidade do serviço prestado, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), empresa responsável pelos serviços de coleta de lixo, coleta seletiva, remoção de entulhos, varrição mecanizada e serviços operacionais do aterro sanitário da capital, publicou, nesta terça-feira (7), aviso de licitação de concorrência pública para contratar uma nova empresa para assumir quase metade dessas responsabilidades e também cortar pela metade o orçamento anual da Comurg.
A licitação está programada para ocorrer em 5 de maio, dividida em dois lotes: um para a gestão do aterro sanitário e outro para a varrição mecanizada. Os contratos terão validade de dois anos e custarão cerca de R$ 25,5 milhões por mês ao Tesouro Municipal, totalizando R$ 616 milhões ao longo do período.
A parte mais cara é a varrição mecanizada, com um custo mensal de R$ 21,7 milhões, ou seja, um total de R$ 520,8 milhões durante o contrato de dois anos. Serviço é novidade na capital e promete contar com 24 caminhões, coleta convencional de resíduos sólidos urbanos, coleta seletiva de materiais recicláveis e de bens inservíveis e remoção de entulhos.
A gestão do aterro sanitário deve custar em torno de R$ 4 milhões por mês, ou R$ 97,4 milhões ao longo dos dois anos. Nela estão inclusos serviços operacionais, tratamento ambiental dos resíduos sólidos; trituração dos resíduos de poda e massa verde e seu reaproveitamento como adubo; trituração e britagem de resíduos da construção civil e seu reaproveito em obras da prefeitura.
A estimativa é de que sejam recolhidos, mensalmente, cerca de 90 toneladas de lixo, 20 mil toneladas de resíduos da construção civil e 2,3 mil toneladas de resíduos de poda.
Em janeiro, a Prefeitura aumentou em 14,5% o contrato da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) com a Comurg, resultando em um acréscimo de R$ 70,3 milhões por ano no custo dos serviços de limpeza urbana, coleta de lixo e outros. Esse aumento ocorreu após a tentativa frustrada da Prefeitura de aprovar, em dezembro, um projeto na Câmara de Goiânia que propunha a integralização de capital no valor de R$ 30,7 milhões.
A aprovação do reajuste gerou mais críticas na Câmara de Goiânia, levando os vereadores a instalar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na semana passada. A comissão foi criada para investigar denúncias de irregularidades na empresa, incluindo atrasos no repasse de verbas para o Instituto Municipal de Assistência Social (IMAS), que oferece plano de saúde para os servidores municipais, bem como para o FGTS, INSS e fornecedores que tiveram atrasos no pagamento.
Com a licitação dos quatro principais serviços prestados pela empresa municipal, a prefeitura pretende reduzir o tamanho da Comurg, que ficará encarregada apenas da varrição manual, atividade que diminuiu significativamente nos últimos anos, além da manutenção de praças e bens públicos.