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Concentração de coronavírus no esgoto de Goiânia é a maior desde agosto de 2021

Desde setembro do ano passado, as taxas de concentração oscilavam entre médias e índices inferiores ao limite de detecção

A concentração de coronavírus no esgoto de Goiânia voltou a subir nas primeiras semanas de 2022. A taxa é a maior desde agosto de 2021. (Foto: reprodução)

A concentração de coronavírus no esgoto de Goiânia voltou a subir nas primeiras semanas de 2022. Segundo o boletim da Rede Vírus-MCTI, da Universidade Federal de Goiás (UFG), os índices registrados na segunda semana de janeiro já são maiores que os encontrados em 18 de agosto de 2021. Pesquisadores devem emitir um alerta precoce às entidades de Saúde da capital.

As amostras são coletadas na Estação de Tratamento do Esgoto (ETE) Drº Hélio Seixo de Brito, local que recebe cerca de 70% do esgoto da cidade. As coletas feitas semanalmente representam a contribuição de cerca de um milhão de pessoas.

Veja como foi o aumento da concentração do coronavírus no esgoto de Goiânia

Conforme apontam os dados, a alta nos índices ocorre após período de queda dos registros do material genético do vírus SARS-CoV-2 no esgoto.

Desde setembro do ano passado, as taxas de concentração oscilavam entre médias e índices inferiores ao limite de detecção. Em semanas de outubro, novembro e dezembro de 2021, por exemplo, não foram identificadas cargas virais no esgoto da cidade.

Fonte: Monitoramento da Rede Vírus-MCTI/UFG

Porém, a partir da semana do Natal, as taxas apresentaram tendência de mudança. De acordo com os dados da Rede Vírus-MCTI, na primeira semana de janeiro houve constatação de aumento dos índices, apesar de não ter atingido média concentração do vírus da Covid. A segunda semana do ano, no entanto, apresentou alta concentração.

Segundo a instituição, o aumento pode estar ligado às chuvas intensas, que diluíram o material de análise.

Instituição planeja emitir alerta precoce

Diante do aumento da carga viral nas águas residuárias de Goiânia, os profissionais responsáveis pelo monitoramento planejam emitir um alerta precoce às entidades de Saúde.

Ao Jornal UFG, a professora Gabriela Duarte, uma das responsáveis pelo monitoramento, disse que os dados são uma importante ferramenta epidemiológica, que sugere a necessidade de ações de controle sanitário, já que a frequência da Covid-19 em uma comunidade pode ser estimada pela detecção do RNA do coronavírus no esgoto.