Preso dentro do Complexo

Condenado contava com a ajuda do pai e da esposa para continuar executando crimes, afirma delegado

Segundo a polícia, mesmo preso há quase nove anos, Roniflay Pereira Alves comandava o tráfico drogas, o roubo de veículos, e até a execução de rivais

Nesta quarta-feira (18), foram cumpridos 11 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha que trafica drogas, rouba veículos e executa rivais. Os crimes, segundo as investigações, eram todos comandados pelo condenado Roniflay Pereira Alves, o “pé de pato”, que há quase nove anos cumpre pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A ação que contou com a participação de 70 agentes, a Delegacia Estadual de Repressão aos Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) e foi deflagrada na região metropolitana de Goiânia.

Os principais alvos da operação foram o pai e a esposa de Roniflay Alves. Além dos dois, apontados pela polícia como sendo os articuladores da quadrilha aqui do lado de fora da prisão, foram presos ainda outros oito suspeitos de participação em roubos, tráfico de drogas e assassinatos. Os presos não tiveram os nomes divulgados. Roniflay, que já cumpre pena na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), também teve mais um mandado de prisão preventiva decretado e cumprido.

“O pai do Roniflay era quem guardava a droga e também participava de forma efetiva no tráfico. Já a esposa do Roni, além de recrutar criminosos para roubar, traficar, e até matar rivais, era a responsável pela contabilidade da quadrilha”, relatou o delegado Marco Aurélio Euzébio, adjunto da DERRVRA.

Um celular que já havia sido apreendido dias atrás na cela de Roniflay foi repassado à DERFRVA, que agora já o encaminhou para a perícia. A expectativa do delegado é que este aparelho, assim como outros que também foram apreendidos durante a operação de hoje, ajudem a polícia a esclarecer vários crimes, principalmente alguns homicídios ocorridos em Aparecida de Goiânia.

Assim como Roniflay, os 10 presos hoje responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. “Falta identificar ainda, entre os presos hoje, quantos e quais participaram de crimes de assassinatos, e para isso estamos trocando informações com o Grupo de Investigações de Homicídios de Aparecida de Goiânia”, concluiu o delegado.