Justiça

Condenado pela morte da esposa, motorista tem habeas corpus negado pela Justiça de Goiás

A Justiça não aceitou o pedido da Defensoria Pública do Estado que contestou a escolha de um advogado dativo para patrocinar a defesa do réu

O Tribunal de Justiça de Goiás negou o pedido de habeas corpus do motorista Aginaldo Veríssimo Cuelho, acusado de matar a ex-mulher Denise Ferreira da Silva, grávida de quatro meses, no último dia quatro de junho, no Condomínio onde a vítima morava, no Jardim Caravelas, em Goiânia.

A Defensoria Pública do Estado alegou no pedido de habeas corpus que Aginaldo está detido ilegalmente, pois o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, que decretou a sua prisão nomeou um advogado dativo para patrocinar a defesa do réu, apesar de haver um defensor público com atuação exclusiva na respectiva vara.

No entanto, a Justiça entendeu que não houve ilegalidade no que foi exposto pela defensoria, já que no dia da audiência preliminar dois advogados compareceram na audiência para realizar a defesa do réu e, posteriormente, não apresentaram nenhuma resposta à acusação.

O crime

Denise Ferreira estava com o filho, de 6 anos, em casa, em um condomínio fechado do Setor Caravelas, de Goiânia, quando foi assassinada pelo marido. Os dois eram casados oficialmente, mas viviam um relacionamento conturbado, com brigas, e Aginaldo Veríssimo estava fora de casa há uma semana. Eram três da manhã de segunda-feira, 4 de junho, quando o homem estava na casa de um filho no mesmo condomínio e decidiu ir armado à casa da mulher.

Com um revólver, foi ao local e os dois discutiram. Ela percebeu que ele estava armado e correu para a rua. Foi baleada na perna e caiu. Aginaldo se aproximou da mulher, que segurava a barriga, e deu o segundo tiro. Fatal. A criança que estava na casa foi levada para a residência de uma vizinha, enquanto o suspeito fugiu a pé, deixando o carro, com várias munições que foram encontradas posteriormente pela Polícia Civil e perícia da Polícia Técnico Científica.

O suspeito foi encontrado na tarde do mesmo dia, em Anápolis, para onde fugiu após chamar um Uber e ser deixado na casa de parentes. Policiais da Delegacia de Investigação de Homicídios de Goiânia chegaram ao suspeito e fizeram a detenção sem resistência. A arma não foi encontrada, segundo o delegado Danilo Proto.